Saiba como assumir o papel de líder e vencer o desafio de delegar tarefas!

Líder e liderados devem construir suas relações de trabalho de forma participativa e por meio do alinhamento de visão e objetivos


Por Por Carmen Rossana Carrijo Kotnick Pereira, analista do Sebrae Minas

24/10/2017 às 10h00

Nos processos de gestão de pessoas nas micro e pequenas empresas, identificamos algumas dificuldades efetivas na liderança das equipes, principalmente com a delegação de responsabilidades. A expectativa de formar equipes eficientes se distancia da prática e se comprova nos baixos resultados alcançados.

As empresas, no papel de seus gestores, esperam pessoas com perfil inovador, que tenham iniciativa, proatividade e compromisso com os resultados. Entretanto, diversas questões que envolvem tais competências inviabilizam o sucesso, considerando que, muitas vezes, ao delegar, o líder acompanha a execução da tarefa de maneira excessiva, ou seja, os parâmetros da autonomia para a tomada de decisões não ficam claros.

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Na prática, os depoimentos retratam situações muito comuns. Os líderes reconhecem que, ao identificar alguma dificuldade de seus colaboradores na realização de tarefas, por motivos de morosidade ou pouca habilidade, assumem imediatamente a realização da atividade e a sua conclusão. Agindo assim, eles se distanciam do seu papel de gerir não só resultados, mas pessoas. O ideal, nesses casos, é que o líder oriente sua equipe a identificar seus pontos fracos, e a estimule a buscar conhecimento para investir no crescimento profissional.

Considerando que as equipes são reflexos de seus líderes, esses devem se preparar melhor. E o investimento deve ir além da técnica e se estender no âmbito do autodesenvolvimento, assegurando a credibilidade, autoridade e a responsabilidade de ser o exemplo.

Delegar é um processo que envolve, inicialmente, questões como a avaliação dos perfis dos cargos e de seus respectivos ocupantes, considerando as atribuições e responsabilidades da atividade e o alinhamento da função com as competências técnicas e humanas do profissional.

Trocando em miúdos, o líder e os liderados devem compartilhar e alimentar uma relação de troca. As condições de trabalho, incluindo ferramentas apropriadas para a execução das tarefas, devem ser somadas à entrega de resultados corretos e de boa qualidade, que garantam o atendimento das necessidades da equipe, assim como da empresa. Esse relacionamento deve ser uma engrenagem que gira sem remendos, com clareza e eficiência que garantam a eficácia dos resultados.

Líder e liderados devem construir suas relações de trabalho de forma participativa e por meio do alinhamento de visão e objetivos. Esse relacionamento deve se pautar pelo exercício permanente da comunicação, buscando sempre expressar, com clareza, valores e percepções. É imprescindível que o líder reconheça a necessidade de investir no diálogo para, a partir de uma troca de feedbacks, elaborar um plano de ação.

Vale ressaltar a importância de se dedicar a essa troca de percepções, pois as mensagens que recebemos são carregadas de inferências construídas a partir dos valores e crenças individuais. Via de regra, nos preocupamos muito com a nossa capacidade de expressão, mas deveríamos estar mais atentos à forma como as pessoas entendem e interpretam as mensagens que recebem.

Diante de tais questões, podemos concluir e reafirmar que a gestão de pessoas deve ocupar o lugar mais estratégico em qualquer empresa, independente do seu porte. Os gestores devem abrir espaço em sua rotina para o desenvolvimento de sua equipe, além, claro, de se prepararem para assumir o papel de líderes.

 

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