Atitudes que contribuem para o morar bem

O que fazer para garantir uma construção sustentável nos dias de hoje


Por Aletheia Westermann

01/03/2020 às 06h58

A sustentabilidade está em pauta em diversos segmentos, e na arquitetura não seria diferente! Ela está completamente difundida entre arquitetos, designers e profissionais da área de interiores. Hoje, já é comum projetos que saem pensados com tecnologias e atitudes verdes.

Construção sustentável

PUBLICIDADE

Porém, essas atitudes não devem ficar restritas somente aos projetos, e, sim, a todo o processo. Uma construção sustentável é aquela que está, antes de tudo, seguindo as normas nacionais que regem desde o reaproveitamento dos materiais descartados que possam ser reciclados ou reutilizados até a destinação correta dos resíduos para lixões ou aterros. O descarte inadequado de lixo é um dos inimigos da sustentabilidade. Para combater o problema, há a Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei em vigor desde 2010 e que vale tanto para as empresas quanto para os cidadãos. Como resultado, existem menos impactos ambientais e uma economia em dinheiro, já que evita desperdícios e possíveis multas por descumprimento da lei.
O cálculo correto dos materiais impacta positivamente na obra.

Soma-se a isso um cálculo correto dos materiais que serão utilizados na obra para que não sobre nada, ou o mínimo possível para futuros reparos. A gestão desta etapa rende ganhos no orçamento final e reduz os resíduos e sobras. Além disso, há vários materiais de demolição que podem ser reutilizados, como madeiras, cerâmicas e metais. Há empresas especializadas nesse tipo de “garimpo”. Muita coisa boa é jogada fora e pode integrar novos projetos arquitetônicos. Será que é realmente necessário comprar tudo novo e gerar ainda mais impacto no meio ambiente? Leve isso em consideração antes de ir às compras.

Sustentabilidade e tecnologia

Há diversas soluções em sustentabilidade no mercado, e a cada dia surgem produtos que são aliados desta prática. A lista é imensa e vai desde revestimentos à base de materiais reciclados até lâmpadas que reduzem o consumo energético. Mas, antes das aquisições, verifique o que se adapta ao seu estilo de vida e pesquise bastante sobre os benefícios para a sua casa, e em quanto tempo as tecnologias “se pagam” após a compra. É uma forma de checar se são viáveis economicamente. É preciso que a sustentabilidade entre em um projeto como meta, para gerar ganhos para a moradia. Para ser sustentável, a casa não pode dar prejuízos. A boa notícia é que nem todas essas tecnologias custam um absurdo e podem fazem muita diferença.

Reaproveitamento de materiais

Os recursos naturais estão cada dia mais escassos. Por que não incluir no projeto uma cisterna para armazenar água da chuva, não usar químicos na horta doméstica e adotar painéis solares para geração de energia de forma menos poluente, para preservar a água, o solo e a vegetação?
Projetar significa criar soluções, e precisamos dessas habilidades para criar uma sociedade que tenha impacto mais restaurador do que prejudicial no meio ambiente e que busque o bem-estar e o bem viver tanto no habitat individual quanto no coletivo.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.