Receita de Família – Pão Petrópolis com geleia de pimenta


Por JÚLIA PESSÔA

25/10/2015 às 07h00

Ainda que carregue em seu nome uma das maiores referências ao império brasileiro, o pão Petrópolis não se dirige somente a um soberano, mas, ao contrário, é democrático e pode agradar qualquer paladar, como explica a padeira Cíntia Vidal, que comanda os fornos da padaria artesanal Bom Brasileiro com a sócia Dri Oliveira. “Sempre fui louca por quitutes de padaria. Minha mãe faz muito em casa, desde pequena ajudava a enrolar rosquinhas e bater bolo, quando me formei em gastronomia me encantei pela arte de fazer pães, é um alimento muito democrático, existe dos mais diversos tipos e gostos. Essa possibilidade de colocar novos sabores e descobrir novas texturas é o que me encanta. O pão Petrópolis é rico e saboroso, a massa fica bem fofinha e tem maior durabilidade”, diz Cíntia.

Segundo ela, há alguns segredos para preparar qualquer tipo de pão, e deixar de prestar atenção a estes detalhes pode arruinar os planos do café da manhã ou lanche de qualquer padeiro. “Alguns ingredientes brigam entre si, como o sal que inibe a ação do fermento. Respeitar a ordem da mistura dos ingredientes garante uma massa homogênea e que não precisará de mais farinha na hora de sovar”, alerta ela, revelando que é imprescindível, ainda, respeitar o tempo de fermentação indicado por quem elaborou a receita. “Existem pães que levam muito fermento, o que faz com que cresça rápido mas não garante que as leveduras do fermento se alimentaram de todo o açúcar presente na massa, o pão fica mais pesado, com odor forte e provoca azia quando ingerimos. O ideal é que a fermentação nunca ocorra em menos de duas horas e meia e nunca ultrapasse oito horas, sendo o ideal de quatro a seis horas”, orienta a padeira.

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Para Cíntia, a combinação da geleia com o pãozinho petropolitano fica perfeita quando acrescida de um queijo minas padrão. “O pão é adocicado, então, quando tostamos fatias grossas na manteiga e servimos com uma fatia de queijo, a geleia com sua doçura e teor picante completa o sabor”, diz. “Dá para brincar com diferentes tipos de pimentas, que conferem sabores picantes e mais aromáticos.”

Bem fechadinha na geladeira, a geleia de pimenta pode durar até seis meses no vidro esterilizado. “Basta fervê-los em uma panela cobertos com água por alguns minutos, as tampas também”, ensina Cíntia.

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