Condomínio enfrenta falta d’água
Os vereadores José Márcio (PV) e Antônio Aguiar (PMDB) visitaram ontem o Condomínio Vivendas do Belo Vale, no Bairro São Geraldo, Zona Sul, para avaliar o desabastecimento de água no local. A situação foi causada em virtude de uma dívida de cerca de R$ 352 mil do condomínio, pertencente ao programa “Minha Casa, Minha Vida”, com a Cesama. De acordo com a representante do condomínio, Valquíria Tiodoro, a vazão da água teria sido diminuída em setembro e, desde então, apenas três torneiras abastecem os 128 apartamentos do local. “Com a falta de pagamento por parte de muitos moradores, a dívida chegou a este patamar inviável de ser quitado.” Por meio de assessoria, a companhia confirmou a situação e disse que, em casos de inadimplência, o cliente é notificado do débito. Posteriormente, é emitido um aviso sobre a redução de pressão no hidrômetro, atitudes respaldadas pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de Minas (Arsae/MG).
Reivindicação
Valquíria também informou que não há taxa de condomínio, e uma administradora foi contratada para tentar solucionar o problema, que é recorrente. No prédio, apenas um hidrômetro faz o cálculo de todas as famílias. “A reivindicação da comunidade é de que sejam instalados hidrômetros individualizados, de forma que cada família pague exatamente pelo seu consumo”, afirmou o vereador Antônio Aguiar. Para tentar solucionar a questão, uma reunião foi agendada para a próxima quarta-feira, na Secretaria de Governo, entre vereadores, moradores e representantes da Cesama e Caixa Econômica. “Estamos estudando a possibilidade de fazer um parcelamento com a Cesama e, caso não se resolva, acionaremos o Ministério Público”, afirmou Aguiar.
Outro problema que teria contribuído para elevar o débito seriam as invasões de famílias não contempladas pelo programa. No ano passado, a Tribuna mostrou que 20% das casas em condomínios locais são ocupadas por terceiros.