Por telefone, bombeiro salva criança engasgada
Atualizada às 19h11
Uma menina recém-nascida de apenas 12 dias foi salva, por telefone, por um sargento do Corpo de Bombeiros. A criança engasgou quando mamava no peito da mãe e ficou sem respirar. Enquanto os pais aguardavam a chegada de uma unidade de Resgate, o sargento do Corpo de Bombeiros, Ricardo Tavares, numa ligação de quase seis minutos, ensinou todos os procedimentos ao casal, que conseguiu reanimar a pequena Maria Júlia. O caso foi registrado, na noite do último sábado (26), por volta das 23h, no Bairro Industrial, Zona Norte. “Ele foi um anjo da guarda na nossa vida. Abaixo de Deus, ele nos deu muita força”, disse, agradecido, o pai da menina, o representante comercial, Nelimar Guimarães, de 51 anos.
“O pai me ligou aflito e relatou que a filha teve uma obstrução respiratória, enquanto mamava. Segundo ele, a menina estava sem respirar e roxa. De imediato eu acionei uma ambulância, que iria sair do Bairro São Judas Tadeu até a casa da criança, no Bairro Industrial. Este deslocamento iria durar alguns minutos, e a criança poderia ir a óbito. Então, fiquei com os pais no telefone e comecei a instrução. Solicitei que o pai ou a mãe envolvesse a boca e o nariz da bebê com a própria boca e sugasse o leite. A mãe fez o procedimento. Ouvi tudo pelo telefone, mas ele falou que não resolveu”, relatou o bombeiro, afirmando que manteve a tranquilidade e pediu que os pais ficassem calmos.
“Fiz outra orientação, pedi que o pai pegasse a criança de bruços na palma da mão, com a mão no peito dela e com a cabeça levemente para baixo. Em seguida, pedi para dar uns tapinhas leves nas costas, como quando o médico faz na criança que nasce. Assim, o leite que ficou na garganta, no nariz ou na boca sairia. Ele fez e, de repente, ouvi o choro do outro lado da linha”, contou o bombeiro, emocionado.
Conforme o sargento, os pais foram orientados a deixar Maria Júlia em posição confortável e monitorada até a chegada do Resgate. Com a equipe no local, a criança foi levada para o Pronto Atendimento Infantil (PAI).
“Depois que deixei meu turno, passei lá, pois queria ver a menina. Estava preocupado e queria certificar-me que estava tudo bem”, relatou o sargento, que tem 39 anos, é pai de duas meninas e está há 16 anos no Corpo de Bombeiros. “A médica lá viu que a criança estava bem e disse ainda que todo o procedimento realizado foi fundamental para manter a vida dela”, orgulha-se.