Chuvas não refletem nas represas


Por Eduardo Valente

08/09/2015 às 19h04- Atualizada 08/09/2015 às 21h15

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Foto: Olavo Prazeres/08-09-15

Atualizado às 21h12

As fortes chuvas que caíram durante o fim de semana prolongado não causaram reflexos nas represas que abastecem o município. Mas, para o diretor-operacional da Cesama, Márcio Augusto Pessoa Azevedo, a avaliação é positiva. Segundo ele, apesar de as precipitações  “não terem representado ganho no volume acumulado, elas contribuíram para sua estabilização”.

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Conforme dados da Cesama, entre sexta-feira (4) e a madrugada desta terça (8), o nível do manancial João Penido declinou de 22,6% para 22,3%, enquanto que São Pedro caiu de 22,1% para 20,2%. Chapéu D’Uvas também perdeu acúmulo, indo de 52,7% para 52,5%. Neste mesmo período, choveu na cidade 33,7 milímetros, o que representa praticamente a metade do que é esperado para todo o mês, que são 75,8 milímetros. Para ter ideia de quanto representa este volume, em todo setembro do ano passado as precipitações somaram 17,2 milímetros. A previsão é de novas tempestades nesta quarta.

As chuvas são causadas por áreas de instabilidade que se formam na região por causa da atuação de uma frente fria que está no litoral, entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O departamento de meteorologia da Cemig prevê mais 14 milímetros de chuvas nesta quarta e 6 milímetros na quinta. As precipitações tendem a diminuir somente após domingo (13)

El Niño
O fenômeno climatológico que provoca elevação das temperaturas das águas do oceano pacífico e altera o regime dos ventos e chuvas, conhecido como El Niño, está em atuação. Por isso, os próximos meses devem ser chuvosos na região, com possibilidade de acumulados dentro ou até acima das médias históricas. Quem explica isso é a climatologista Cássia Ferreira, coordenadora do laboratório de climatologia da UFJF. Segundo ela, o El Niño deve se manter forte até fevereiro, e suas consequências deverão ser melhor observadas no verão. Agora, segundo ela, acontece a aproximação maior das frentes frias, o que já seria um efeito do fenômeno climatológico. “No verão, como teremos dias mais chuvosos e, por isso, maior nebulosidade, a possibilidade é de menos dias quentes. Mesmo assim, as altas temperaturas poderão aparecer entre estas instabilidades.”

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