Suspeito de abuso vai para o Ceresp por estupro, sequestro e cárcere privado


Por Sandra Zanella

11/08/2015 às 13h09

O homem de 48 anos preso por suspeita de abusar sexualmente de um menino de 10 anos, na Zona Norte de Juiz de Fora, foi encaminhado ao Ceresp na madrugada desta terça-feira (11). Em depoimento à Polícia Civil, ele admitiu ter passado a mão nos órgãos genitais da criança, alegando ter feito o ato por cima da bermuda. Diante dos indícios de abuso, conforme as declarações do menino, o homem teve o flagrante confirmado por estupro de vulnerável. O crime, previsto no artigo 217-A da Lei de Crimes Sexuais, prevê reclusão de oito a 15 anos para a prática de qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos.

O suspeito também foi autuado por sequestro e cárcere privado, porque teria mantido o menino dois dias em uma casa, depois de se encontrarem em uma lan house. A pena para o crime, conforme o artigo 148 do Código Penal, é de reclusão de dois a cinco anos, porque o caso foi agravado por ter sido praticado com fins libidinosos.

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A mulher responsável pela vítima já havia registrado o desaparecimento do garoto no sábado, quando ele foi visto pela última vez em uma lan house na Zona Norte, na companhia de um senhor. Na segunda-feira, os policiais conversavam com a mulher sobre o caso, quando populares informaram que viram a criança com um homem no mesmo estabelecimento.

O suspeito recebeu voz de prisão em flagrante. Naquele momento, a criança ainda ficou temerosa em relatar o abuso, mas confirmou que o homem havia pago uma hora de jogos para ela na lan house e a levado para sua casa como a promessa de lanches e roupas novas. O menino confirmou que o suspeito o acariciava nas partes íntimas e que deitava sobre ele enquanto dormia. Já na delegacia, o garoto acrescentou que tentou fugir da residência, mas que teria sido impedido e ameaçado de morte pelo homem.

A vítima passou por exames, no entanto, o laudo foi inconclusivo para ato libidinoso. Ela ainda relatou a existência de outras crianças na casa para onde foi levada, mas o endereço informado pelo suspeito não foi localizado, e a situação não pôde ser confirmada. O caso seguiu para investigação na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.

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