Homem é condenado a pagar R$ 724 por atirar artefato em cachorra


Por Juliana Netto

06/08/2015 às 15h33- Atualizada 06/08/2015 às 19h47

Conforme veterinário responsável pela clínica, Rafael Meurer, o quadro clínico de Atena é bom e ela está de alta médica (Foto: Marcelo Ribeiro/06-08-15)
Conforme veterinário responsável pela clínica, Rafael Meurer, o quadro clínico de Atena é bom e ela está de alta médica (Foto: Marcelo Ribeiro/06-08-15)

O homem de 44 anos que atirou um artefato explosivo contra a cadela Atena, na Barreira do Triunfo, Zona Norte, no dia 20 de maio, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a pagar R$ 724. O julgamento aconteceu no Juizado Especial Criminal de Juiz de Fora na manhã desta quinta-feira (6), e o autor deverá iniciar a quitação da pena no dia 6 de setembro, data de vencimento da primeira das quatro parcelas, no valor de R$ 181. O dinheiro será encaminhado para instituições credenciadas ao Tribunal mineiro.

De acordo com o órgão, a transação penal na forma de prestação pecuniária deu-se pelos bons antecedentes criminais do autor. O processo, no entanto, só será encerrado quando todas as parcelas forem pagas.

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Após o crime, o homem foi detido pela Polícia Militar, assinando termo circunstancial de ocorrência (TCO) e liberado. Conforme o boletim de ocorrência registrado, testemunhas relataram que ele lançava “estalinhos” para o animal, que abocanhava o objeto. Em seguida, adquiriu outro explosivo, conhecido como “cabeça de nego”, instigando-o a abocanhá-lo. O artefato estourou no interior da boca da cadela, que precisou ser internada em uma clínica veterinária no Bairro Bom Pastor, Zona Sul. Ela sofreu lesões na cavidade oral, apresentando úlceras na mucosa e na língua, além de fratura no canino inferior esquerdo, com exposição da raiz. O quadro físico gerou uma intensa anemia na cadela, que passou por, pelo menos, duas transfusões de sangue.

Segundo o veterinário responsável pela clínica, Rafael Meurer, o quadro clínico de Atena é bom e ela está de alta médica. O animal ainda permanece no local aguardando adoção. “A anemia foi controlada e agora ela pode seguir o tratamento em casa. Também foi vacinada e vermifugada. Ela come, brinca e desenvolve as habilidades normalmente, só aguardando mesmo alguém que queira adotá-la”, avalia.

Os interessados em tornarem-se os novos donos da cadela podem ligar para a representante da Associação Vida Protegida (AVIP), Jussara Araújo, pelo número (32) 8818-7130. “É necessário que a pessoa ligue e agende um horário para que possamos realizar uma entrevista. Avaliaremos questões como espaço físico e estrutura financeira do interessado, já que trata-se de um animal de grande porte, que necessita de um espaço amplo, além de rações de melhor qualidade”, explica. “Por ser uma raça de grande porte, muitos podem achar que ela é violenta. No entanto, trata-se de um animal extremamente dócil”.

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