Transporte ferroviário em debate na Câmara


Por Bárbara Riolino

25/06/2015 às 13h25- Atualizada 26/06/2015 às 16h06

Olavo Prazeres

Atualizada às 21h

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O transporte ferroviário em Juiz de Fora foi tema de debate nesta quinta-feira (25) na Câmara Municipal. O encontro, que reuniu parlamentares juiz-foranos, lideranças locais e representantes de órgãos públicos, discutiu possíveis soluções para amenizar os transtornos causados pelas composições férreas na cidade, como engarrafamentos, atropelamentos e falta de segurança nas margens da linha. Foi levantada, ainda, a possibilidade de executar um projeto que retira o transporte da malha que passa pelo município, criando um contorno ferroviário. Na visão dos parlamentares, isto iria solucionar o problema.

Conforme dados da MRS, empresa detentora da concessão de uso da linha, o traçado em Juiz de Fora corresponde a cerca de 40 quilômetros de extensão. Deste montante, 20 quilômetros estão em áreas urbanas, sendo que seis deles atravessam a região central. A MRS afirma que, nos últimos meses, 20 composições estão em trânsito por dia, o que resulta em um trem a cada uma hora e vinte minutos. Além disso, a empresa ressaltou que cada bloqueio feito nas passagens de nível pode durar de quatro a cinco minutos.

Para o proponente da audiência, deputado estadual Noraldino Junior (PSC), o momento é o ideal para somar forças para solucionar este problema, considerado crônico na cidade. “Somos nove deputados (da região) que têm o poder de forçar o Governo a dar uma solução. Queremos ouvir perspectivas e ideias, uma vez que o contrato de concessão da MRS completa 20 anos em 2016 e já está sendo articulada a possibilidade de ser renovado por mais 30.”

O gerente geral de relações institucionais da MRS em Minas Gerais, Sérgio Carrato, explicou que, neste momento, a empresa precisa respeitar o que consta no contrato de outorga feito com a União, que autoriza a empresa a passar por dentro da cidade. “Nossa intenção é trabalhar em conjunto com todas essas lideranças políticas, no sentido de viabilizar e buscar recursos para realizar esta obra, que não é tão simples e nem está em nossos planos, pois trabalhamos conforme o que foi acordado.”

O titular da Settra, Rodrigo Tortoriello, pontuou que a PJF já trabalha, há algum tempo, para minimizar os transtornos trazidos em função do trem, com a realização de obras em parceria com o Dnit, como os projetos para transposições do Rio Paraibuna (novas pontes), trincheiras e viadutos. “É importante ressaltar que a Prefeitura reconhece a necessidade de se fazer algo para melhorar as condições das travessias, mas isto não é solucionado apenas pela PJF”.

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