Militantes protestam contra restrição a benefícios trabalhistas
Dezenas de pessoas se reuniram na tarde desta sexta-feira (29) no Calçadão da Rua Halfeld, no Centro, aderindo ao Dia Nacional da Paralisação, mobilizado pelas centrais sindicais em pelo menos 11 estados e no Distrito Federal. Os trabalhadores protestam contra as medidas provisórias (MP) 664 e 665, que restringem o acesso a benefícios trabalhistas e a pensões por morte, e também contra o projeto de lei que será votado no Senado, regulamentando a terceirização no Brasil.
Em Juiz de Fora, participaram do movimento entidades sindicais ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de partidos políticos como PT, PSOL, PSTU e PCB. Os manifestantes discursaram e entregaram panfletos para a população. Outras seis centrais sindicais também integram a paralisação, entre elas CSP Conlutas e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Segundo o presidente da CUT Regional Zona da Mata, Watoira Antônio, a proposta é unificar a luta dos trabalhadores. “A gente acredita que, ao passar para o Senado e com o veto da presidente Dilma Rousseff, conseguiremos barrar o projeto da terceirização. Muitos companheiros morreram no passado para conquistarmos os nossos direitos, que estamos perdendo. Estão querendo rasgar a CLT”, disse.
Em Minas, a paralisação ocorreu na capital e nas cidades mineradoras. Metroviários de Contagem e BH interromperam o funcionamento do metrô durante todo o dia, desrespeitando à decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) de que haja escala mínima com 50% dos trens circulando. Houve manifestação na Praça Sete, em Belo Horizonte. O trânsito também foi interrompido na BR-040, no km 611, em Congonhas, bloqueando o acesso de ônibus que levavam trabalhadores, com congestionamento de veículos pela rodovia.