Rodoviários podem fazer paralisação
Na véspera da assembleia de motoristas e trocadores – que vai deliberar os rumos da negociação salarial deste ano -, aumentam os rumores de uma nova paralisação em Juiz de Fora nesta sexta-feira. Além do boato que cresce dentro dos ônibus, foram distribuídos informativos para categoria e usuários, convocando para o ato. A expectativa é que o movimento seja deflagrado logo após a assembleia, marcada para às 9h, na sede do Sinttro. A entidade de classe, mais uma vez, nega participação ou apoio à iniciativa.
Nesta sexta (22), os trabalhadores decidem se aceitam a contraproposta do patronal, que consiste em 0,5% de ganho real, além dos 7,13% de recomposição inflacionária garantidos até então. O pleito inicial era 5% de ganho real. A resposta da categoria será oficializada na segunda-feira, quando está agendada nova reunião entre Sinttro e Astransp no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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Conforme o presidente do Sinttro, Adilson Rezende, caso a negociação de segunda-feira não avance, a meta é paralisar as atividades, desta vez, cumprindo as exigências legais previstas na Lei 7.783/1989, que dispõe sobre o exercício do direito de greve nas atividades essenciais. A norma prevê, por exemplo, a comunicação a empregadores e usuários com antecedência mínima de 72 horas. Nestes termos, a paralisação poderia acontecer a partir de quinta-feira.
Adilson frisou que, caso o movimento volte a acontecer hoje, não conta com o envolvimento, nem o apoio, mesmo indireto, do sindicato de classe. “Toda paralisação que houver de hoje até a próxima semana não é da nossa responsabilidade”, disse, atribuindo a liderança do movimento dissidente a um grupo de opositores à atual gestão do sindicato.