Cadela vítima de explosivo segue internada


Por Bárbara Riolino (colaborou Kelly Diniz)

21/05/2015 às 11h37- Atualizada 21/05/2015 às 21h01

Atualizada às 20h59

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A veterinária Gisele Passos cuida da cadela e recebe ajuda para cobrir os custos do tratamento ( Olavo Prazeres/21-05-15)

A cadela vítima de um artefato explosivo, na tarde da última quarta-feira, na Barreira do Triunfo, na Zona Norte, segue internada em uma clínica veterinária no Bairro Bom Pastor, Zona Sul. Seu estado de saúde é estável, mas ainda inspira cuidados. Foram feitos exames e verificado que não há lesões internas. No entanto, devido à grande perda de sangue, o animal desenvolveu um quadro de anemia. Ela recebeu o nome provisório de Atena. Conforme o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, testemunhas relataram que um homem de 44 anos utilizava um artefato explosivo, conhecido por “estalinho”, e passou a lançá-lo para o cão, que abocanhava o objeto. Diante disso, ele adquiriu outro explosivo, este com maior capacidade de explosão, conhecido como “cabeça de nego”, e jogou, instigando o animal a abocanhá-lo. Quando a cadela mordeu, houve a explosão.

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Com autorização da PM, populares levaram a cadela até a clínica. O homem foi detido, mas assinou o termo circunstancial de ocorrência (TCO) e foi liberado. O delegado de plantão Hamilton Joaquim da Silva aguarda o laudo que comprova as lesões e irá encaminhar nesta sexta o caso para a Justiça. Uma audiência já está marcada para o dia 25 de junho.

A cachorra, sem raça definida, sofreu lesões na cavidade oral, apresentando algumas úlceras na mucosa e na língua, além de fratura no canino inferior esquerdo, com exposição da raiz. “Estes ferimentos foram tratados e controlados. Agora iremos verificar se há machucados internos e se há gravidade”, explicou a veterinária Gisele Passos. Não há previsão de alta para a cachorrinha. Segundo Gisele, ao contrário desta quinta, a cadela não está mais sedada e vem reagindo ao tratamento. Ela chegou à clínica em estado grave.

A integrante da Associação Vida Protegida (Avip), Jussara Araújo, que auxiliou no resgate da cadela, contou que irá entrar com ação judicial contra o agressor por danos materiais.

“As nossas penas por crimes contra animais são muito brandas. Provavelmente, a pena será convertida em prestações de serviço para a comunidade. Por isso, iremos entrar também com ação judicial. O fato de ele não ficar sem punição servirá de exemplo para as outras pessoas.”

Como trata-se de um animal de rua, a clínica está recolhendo doações para ajudar a custear o tratamento da cachorra. Interessados em deixar um donativo devem procurar a unidade, que fica na Rua Doutor José Procópio Teixeira, 4/101, Bom Pastor. Outras informações pelo telefone (32) 3083-7570.

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