Greve de professor completa 55 dias


Por Tribuna

07/05/2015 às 20h38- Atualizada 08/05/2015 às 13h00

A greve dos professores da rede municipal de ensino, que completa 55 dias nesta sexta-feira (8), está mantida por tempo indeterminado. Esta foi a decisão da categoria nesta quinta, após a realização de mais uma assembleia. Dessa vez, entretanto, os docentes não discutiram de fato uma proposta da Prefeitura já que, desde o último encontro dos docentes, quinta-feira passada, não houve rodada de negociações entre representantes dos grevistas e do Executivo.

Após a assembleia, realizada no Ritz Hotel, os grevistas saíram em passeata pelas ruas centrais da cidade em direção ao prédio da Prefeitura. No local, mantiveram conversas com o secretário de Governo, José Sóter de Figueirôa, no sentido de retomarem as negociações. Aos olhos do Executivo, o diálogo segue aberto. Até aqui, nove reuniões entre as parte já foram realizadas, com a realização de nove propostas da Administração, todas negadas pelos docentes em assembleia. No último encontro, o Município solicitou aos grevistas a apresentação de uma contraproposta.

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No entendimento do Sindicato dos Professores (Sinpro), o pleito da categoria é claro e está expresso na pauta de reivindicações que pede a exclusão do artigo 9° da Lei Municipal 13.012/2014 e reajuste linear de 13,01%, índice utilizado pelo Ministério da Educação (MEC) para a correção do piso nacional da categoria em janeiro. Os professores têm uma nova assembleia agendada para o próximo dia 14, um dia após a categoria completar dois meses de greve.

Números
Nesta quinta (7), a Secretaria de Educação divulgou nota afirmando que, segundo balanço interno, 1.571 professores estão trabalhando regularmente na rede municipal. Ainda segundo a pasta, o retorno às salas de aula tem aumentado nas últimas semana e 84 das 102 instituições de ensino e quatro centros funcionam parcialmente. O Sinpro classifica a divulgação dos números por parte do Executivo como uma estratégia de confronto e desconsidera um esvaziamento do movimento, afirmando que mais de 70% dos professores estão paralisados.

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