Baré: povo do rio

Ao longo de décadas, o povo Baré, que vive ao longo do Rio Xié e alto curso do Rio Negro, no Noroeste da Amazônia, sofreu com a violência cultural e a exploração extrativista. Até sua língua de origem, da família linguística aruak, se perdeu. Hoje eles falam nheengatu – conhecida também como língua geral amazônica, difundida no século XVIII por missionários jesuítas e carmelitas – e têm a agricultura e a pesca como principal meio de subsistência. No documentário, a diretora Tatiana Toffoli narra cultura, crenças, ritos ancestrais e lendas dessa tribo ainda pouco conhecida dos brasileiros, revelando aspectos peculiares, como o kariamã, ritual de iniciação para a vida adulta no qual apenas os rapazes recebem conselhos e ensinamentos dos mais velhos sobre como viver bem na floresta, e se preparam para tocar instrumentos considerados sagrados do Jurupari, figura da mitologia indígena. SescTV, 22h30

Cortinas fechadas

No Irã, uma mulher e um homem são obrigados a viverem reclusos em uma casa, de cortinas fechadas, em um ambiente de desconfiança. Quando o próprio diretor do filme entra em cena, as cortinas são abertas, e a realidade apresentada desaparece. O filme experimental e complexo serve ao diretor Jafar Panahi e ao codiretor Kambuzia Partovi para expor seus conflitos pessoais e aqueles originados pela censura em seu país. Max, 17h50

O bagulho é doido

Por onde anda aquele garoto, hoje um homem, que entrou para a história do cinema brasileiro ao interpretar Laranjinha em “Cidade de Deus”? Entrevistado de MV Bill neste domingo, Darlan Cunha conta seu percurso e a importância do personagem para sua carreira. O ator, que atualmente está em cartaz com a peça “Hora amarela”, na qual divide a cena com Deborah Evelyn, Isabel Wilker e Emílio de Mello, também fala sobre a dificuldade de inserção do negro na dramaturgia nacional. Morador do Vidigal e amigo de Douglas Silva, o Acerola, que hoje compõe o “Esquenta!”, Darlan mostra o quanto ainda tem lutado para sobreviver. Canal Brasil, 21h30

Como manda o figurino

Um dos grandes trunfos do quadro do “Fantástico” foi conseguir mostrar a engenhosidade e a criatividade que estão por trás das idealizações e produções de moda para TV. Na última semana, o reality tem jogado luzes para um bastidor curioso e atraente. Neste domingo, será definida a dupla que comporá a final da atração. Melissa Maia, Rafael Chaouiche e Yuri Yamamoto seguem na disputa, cada um com sua singularidade e riqueza de detalhes. Globo, 22h30