Audiência pública debate greve de professores municipais


Por Guilherme Arêas

18/03/2015 às 15h51- Atualizada 18/03/2015 às 17h24

Marcelo Ribeiro/18-03-15

Atualizada às 17h24

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Está sendo realizada na tarde desta quarta-feira (18), na Câmara Municipal, audiência pública para discussão do piso salarial do magistério municipal. O debate ocorre após uma assembleia dos professores em frente ao prédio da sede do Legislativo. O plenário da Câmara está cheio. A categoria levou um carro de som e um telão para retransmitir a TV Câmara, facilitando o acompanhamento da reunião no Parque Halfeld.

A Prefeitura enviou quatro secretários para o encontro: Andréia Madeira Goreske, de Administração e Recursos Humanos; Fúlvio Albertoni, da Fazenda; José Sóter de Figueirôa Neto, secretário de Governo e Michael Guedes, secretário de Comunicação Social.

O discurso dos professores que se revezam no microfone disponibilizado para o público é uníssono em defesa da revogação do artigo 9°.  Em princípio, a greve está mantida pelo menos até o próximo dia 23, quando deve ocorrer nova rodada de negociação entre Executivo e Docentes.

Finalizada a audiência, os grevistas saíram da Câmara em passeata com o objetivo de conscientizar a população sobre as razões da greve da categoria. Eles chegaram a fechar as três pistas da Rio Branco e chegaram ao Calçadão da Rua Halfeld.

Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quarta-feira.

Mediação

Pela manhã, a Mesa Diretora da Câmara intermediou uma reunião entre o sindicato e representantes do Executivo. O encontro contou com a participação dos vereadores Rodrigo Mattos (presidente do Legislativo), José Márcio (PV), João do Joaninho (DEM) e Cido Reis (PPS). Pelas partes em atrito, os docentes foram representados pela direção do Sinpro e o Executivo pelos secretários de Administração e Recursos Humanos, Andréia Goreske; de Governo, José Sóter Figueirôa; da Fazenda, Fúlvio Albertoni; e de Comunicação; Michael Guedes. Segundo relatos do encontro, a Mesa Diretora se disponibilizou a escutar os posicionamentos divergentes, em busca de um ponto de consenso ainda não alcançado.

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Entenda

O artigo 9º, aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo Executivo em julho de 2014, autoriza a concessão de reajustes diferenciados, como forma de complementação salarial, nas situações em que os salários dos professores da base da carreira estiverem abaixo do piso nacional da classe, definido pela Lei do Piso. Com o reajuste de 13% concedido pelo Ministério da Educação (MEC) em janeiro, o piso no país passou a ser de R$ 1.917. Em Juiz de Fora, a Prefeitura paga o proporcional a 20 horas semanais, o equivalente a R$ 958. Este valor é repassado aos professores contratados, que se encaixam no primeiro nível da carreira: professor regente A – I (PRA-I).

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