Oito dias em Paris: diversão, história, cultura e arte


Por Carla Arantes, jornalista

01/10/2014 às 07h00- Atualizada 02/02/2016 às 12h24

Carla e Marcelo em frente ao maior cartão postal de Paris

Tudo começou com uma ideia: passar meu aniversário em Paris. É uma data especial para mim e também para todos os franceses. Em 14 de julho de 1789, o povo, revoltado com a monarquia absolutista, tomou a prisão de Bastilha, fato que se tornou um marco da Revolução Francesa. Até hoje, a data é comemorada com desfile militar e show pirotécnico.

Quando eu e meu marido, Marcelo de Aquino Filho, chegamos a Paris, assistir à queima de fogos na Torre Eiffel era um dos poucos compromissos que já tínhamos agendado. Por ser período de alta temporada, também já tínhamos feito reservas em alguns restaurantes concorridos, como Les Ombres, que tem uma belíssima vista da Torre Eiffel, e Le Jules Verne, que fica no segundo piso da torre e de onde se vê toda a cidade. Além do visual, ambos são ótimas opções para quem aprecia a boa cozinha francesa. Compramos com antecedência também as entradas para o Moulin Rouge, famoso cabaré no Montmartre, região boêmia da capital, que apresenta espetáculo de dança e atrações no estilo circense.

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Fora isso, nosso roteiro era traçado diariamente. Dependia das condições climáticas e da disposição para longas caminhadas, que, apesar de cansativas, são a melhor forma de conhecer cidades com tanta riqueza cultural, histórica e arquitetônica.
Paris é a cidade dos museus. Tem para todos os gostos. Os principais são o Louvre e o D´Orsay, que encantam não só pelo acervo, mas também pelos prédios históricos que ocupam. O Museu de Arte Moderna, no Centro Pompidou, tem uma arquitetura peculiar. Escadas, elevadores, vigas de aço, tubulações são para fora. O objetivo é deixar os salões internos mais amplos. Lá, encontramos uma sala dedicada a pintores modernistas brasileiros, como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Portinari.

Durante oito dias, visitamos muitos casarões, museus, igrejas e palácios. Nada, no entanto, me chamou mais atenção que a Ópera de Paris, ou Palais Garnier como também é conhecida, em homenagem a Charles Garnier, autor do projeto. O teatro do século XIX é uma das mais belas construções que já vi na vida, com grandes escadarias, mármores coloridos, lustres gigantescos e decoração luxuosa. A visita é uma viagem no tempo.

Quando se faz uma viagem como esta, muitos amigos querem dar sugestões: “Você tem que ver isso ou aquilo”. A conclusão a que chego é: você tem que ir a Paris. O que vai fazer, quais monumentos vai visitar, são critérios pessoais. Mas quando estiver lá, não deixe de sentar num café de esquina e observar as ruas, os edifícios, as cores, os franceses, os turistas, os carros, as bicicletas, o delicioso mundo que se move à sua volta enquanto você contempla. Quem não fez isso não foi a Paris.

 

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