Professores esperam proposta da Prefeitura sobre negociação salarial em 20 dias

Categoria reivindica reajuste de 15% no piso e pagamento da retroatividade de 33,24% de reajuste concedido no ano passado


Por Gabriel Silva (Colaborou Mariana Floriano)

08/03/2023 às 11h08- Atualizada 08/03/2023 às 19h06

Nesta quarta-feira (8), 89% dos professores da rede municipal de ensino de Juiz de Fora aderiram a uma paralisação. O movimento, puxado pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-JF), reivindica reajuste do piso salarial e pagamento de valores referentes ao retroativo das negociações em 2022. A Prefeitura de Juiz de Fora pediu prazo de 20 dias para apresentar proposta de aumento do salário.

Na reunião, a categoria também estabeleceu que, no dia 30 de março, outra assembleia será realizada para avaliar a proposta da PJF. Caso ela não seja favorável, o Sinpro-JF já deu aval para uma nova paralisação.

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Conforme explica a coordenadora do sindicato, Lúcia Lacerda, entre as pautas negociadas está o atendimento do piso nacional da educação, reajustado em 15% pelo Governo federal neste ano; e o pagamento da retroatividade do reajuste de 33,24% concedido no ano passado.
“O que está na nossa pauta é a questão do reajuste do piso, que está na ordem de 15%, a partir de 1º de janeiro, para todos os segmentos. Teve a luta da categoria para a revogação do artigo 9º e, com essa revogação, estamos reivindicando o que é de direito para o Magistério, que é o reajuste de 15% para todos”, defende a coordenadora.

A revogação do artigo 9º, mencionado por Lúcia, diz respeito a um artigo da Lei Municipal nº 13.012/14 que autorizava a concessão de reajustes diferenciados aos professores municipais nas situações em que os salários base da carreira estivessem abaixo do piso nacional da categoria.
Sobre o reajuste conferido no último ano, Lúcia afirma que o magistério chegou gradualmente aos 33,24% anunciados pelo Executivo, mas parte dos valores da retroatividade ainda ficou para ser pago em 2023.

“Ainda temos outros diversos pontos da nossa pauta, como o retorno de projetos que foram consolidados nas escolas e foram extintos. E a questão da pauta dos secretários escolares, que fazem parte do magistério municipal e têm demandas que não estão sendo atendidas há muitos anos”, enumera.
As pautas motivaram, até o momento, três reuniões entre o Sinpro-JF e a Prefeitura. Questionada, a PJF afirmou que as negociações estão em andamento de acordo com o calendário tratado na mesa de negociação.

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