Servidores da Cesama fazem protesto na manhã desta quinta-feira

Categoria cobra aumento real nos vencimentos; nova reunião com a PJF foi marcada para sexta


Por Gabriel Silva

23/02/2023 às 09h33- Atualizada 23/02/2023 às 16h49

Foto: Gabriel Silva

Cerca de 70 trabalhadores da Cesama fizeram uma manifestação, na manhã desta quinta-feira (23), em Juiz de Fora. O ato começou na unidade da companhia no Bairro São Mateus, Zona Sul, e seguiu em passeata para o prédio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), na Avenida Brasil. A categoria cobra aumento real no reajuste dos servidores, acompanhando a apreciação concedida pelo Governo federal para o salário mínimo. Após o movimento, a prefeita Margarida Salomão (PT) recebeu os manifestantes, segundo a PJF.

A manifestação começou após decisão em assembleia do Sindicato dos Empregados nas Indústrias e Serviços de Purificação e/ou Distribuição de Água e Serviços de Esgoto de Juiz de Fora (Sinágua) na sede da Cesama no Bairro São Mateus. “Os trabalhadores decidiram vir para a rua cobrar o aumento real. A empresa tem dado lucro nos últimos seis anos e, hoje, a prefeita tem condições de nos dar o aumento real”, afirma o presidente do sindicato, Edinaldo Sidclei.

PUBLICIDADE

Conforme o líder sindical, já foram realizadas quatro reuniões para negociar o reajuste com a Prefeitura de Juiz de Fora, a última na quarta-feira (22), mas em nenhuma delas houve consenso. “A inflação, hoje, está muito alta. Os trabalhadores estão sofrendo com isso quando vão ao mercado”, completa o presidente do Sinágua.

Segundo ele, o reajuste proposto pelo Executivo contempla apenas a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A proposta não acompanha a apreciação do salário mínimo concedida pelo Governo federal. Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o Executivo vai elevar o salário mínimo dos R$ 1.302 atuais, baseados unicamente no IPCA, para R$ 1.320.

Após descer a Avenida Rio Branco, a partir do Bairro São Mateus, trabalhadores entraram na Avenida Getúlio Vargas em direção à PJF (Foto: Gabriel Silva)

Reunião com a Prefeitura na sexta

O movimento dos servidores da Cesama partiu em passeata da sede no São Mateus, passando pela Avenida Rio Branco, Avenida Getúlio Vargas e Rua Marechal Deodoro, até chegar à sede da Prefeitura na Avenida Brasil. A Guarda Municipal, agentes de trânsito e a Polícia Militar acompanharam a manifestação, que causou retenção no trânsito da região central apesar de, na maior parte, não ter fechado completamente as vias.

Na sede da Prefeitura, o grupo foi recebido por um assessor do Executivo, que encaminhou três representantes do movimento para conversar com a prefeita Margarida Salomão (PT). De acordo com o Sinágua, na conversa, Margarida propôs uma nova reunião na sexta-feira (24), com a participação do presidente da Cesama, Júlio Cesar Teixeira. Após o encontro com a prefeita, o grupo se dispersou.

A categoria convocou uma nova assembleia para a próxima segunda-feira (27) e, caso não haja avanço nas negociações, o presidente do Sinágua afirma que irá propor uma paralisação para todo o dia. Inicialmente, a categoria solicitava 2% de aumento real, percentual que, de acordo com o sindicato, saltou para 6% após a última tentativa frustrada.

À Tribuna, a Prefeitura informou que “as negociações salariais entre as comissões da Cesama e do Sindicato dos Empregados nas Indústrias e Serviços de Purificação e/ou Distribuição de Água e Serviços de Esgoto de Juiz de Fora (Sinágua) estão em andamento desde janeiro deste ano. Na manhã desta quinta-feira, uma comissão com representantes do sindicato foi recebida pela prefeita Margarida Salomão. As negociações continuam entre o sindicato e a companhia.”

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.