Ações para uma vida mais digna para o cidadão

“A fim de contribuir para essas respostas ao cidadão de Muriaé é que tentaremos garantir a dignidade humana”


Por Tribuna

21/02/2023 às 07h00

Hoje sou prefeito de Muriaé, mas, antes disso, sou esposo, pai e médico pediatra. Por essas razões é que decidi criar a Secretaria Municipal de Direitos Humanos. Primeiro, temos que ter em mente que a dignidade humana é fundamental, independentemente de quem necessita desse direito reconhecido e, principalmente, para fazer os demais atores de um sistema público entenderem e fazerem valer o direito do outro.

Precisamos articular e executar ações de políticas públicas que levem à promoção, à proteção e à defesa dos direitos de cada cidadão. Vivemos em um país onde imperam os “pré-conceitos” de desvalorizar (ou não enxergar o valor no próximo devido às suas escolhas pessoais ou por etnia, deficiência ou condição social).

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Antes de julgar e ir apontando os dedos para uns e outros, é necessário que façamos, a nós mesmos, perguntas como: “Qual é o nível de humanidade e dignidade atribuído a pessoas negras?”, “Como vivem e por que os indígenas são menosprezados?”, “Quais sofrimentos e angústias vivenciam as pessoas que se autodeclaram LGBTQIA+ e por qual motivo é difícil serem aceitos como seres humanos?”, “Por qual razão ainda ouvimos relatos de mulheres agredidas por seus companheiros por motivos diversos e sempre por que acabam sendo a parte fraca fisicamente nos relacionamentos?”; “Quais mortes causam mais comoções e quais delas a sociedade considera aceitáveis?”, “Quem são as pessoas que têm mais oportunidades?”. Enfim, por que ainda somos obrigados a conviver com situações esta magnitude?

A fim de contribuir para essas respostas ao cidadão de Muriaé é que tentaremos garantir a dignidade humana. Na condição de médico, pai, esposo e prefeito, quero entender que o ser humano deve ter reconhecido seu direito a saúde, educação, emprego, moradia, saneamento básico, justiça etc.

Combaterei o quanto puder as violências no campo físico, moral, psíquico, social e cultural, para mim, inaceitáveis.
Sei que os princípios que norteiam a dignidade humana estão longe de ser realidade na nossa sociedade, mas lutarei o quanto puder para que ela ocorra aqui, onde moramos e criamos nossas famílias.

Tenho em mente três ações fundamentais: promover, proteger e defender os direitos da humanidade!

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