Ex-técnico do Tupi e ídolo do América-MG, Jair Bala morre aos 79 anos

Jair Bala ainda passou por clubes como o Botafogo, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras e Santos, onde jogou com Pelé; pelo Carijó, quase conquistou acessos à elite mineira e Série B do Brasileiro


Por Tribuna

27/12/2022 às 18h14- Atualizada 27/12/2022 às 18h28

Jair Bala em passagem como treinador do Tupi em 1997 (Foto: Bia Colucci/Arquivo TM)

Morreu na tarde desta terça-feira (27), em Belo Horizonte, aos 79 anos, o ex-atacante e treinador Jair Bala, ídolo do América-MG, que também treinou o Tupi e passou, como jogador, por clubes como o Botafogo, Cruzeiro, Flamengo, Palmeiras e Santos. Jair Bala estava internado após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

Natural de Cachoeiro do Itapemirim (ES), o ídolo americano defendeu o Coelho como atleta em duas passagens, de 1964 a 1965 e entre 1970 e 1971. Foi artilheiro do Campeonato Mineiro em 1964 e 1971, e neste último ano ainda ergueu o troféu de campeão invicto estadual. Ao todo, marcou 78 gols pelo América-MG. Também defendeu o time mineiro como técnico em algumas oportunidades nas décadas de 1970 e 1980.

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Durante sua fase no Santos, Jair Bala atuou ao lado de Pelé e ainda ficou marcado como o jogador a ter substituído o Rei após o milésimo gol anotado, diante do Vasco, no Maracanã, em 1969.

Jair Bala bateu na trave no Tupi

Jair Bala treinou o Tupi em 1996 e 1997 em 53 jogos, com 24 vitórias, 14 empates e 15 derrotas, 70 gols marcados e 55 sofridos, conforme dados do pesquisador e historiador Léo Lima. Sua trajetória no Carijó foi marcada pela temporada de 1997 quando o Alvinegro de Santa Terezinha quase conquistou o acesso tanto à elite do Campeonato Mineiro quanto para a Série B do Brasileiro.

No Estadual, o Galo terminou a fase final sem a vaga, resultado surpreendente aos torcedores juiz-foranos após, nas etapas anteriores, a equipe de Jair Bala registrar campanha de dez vitórias e quatro empates.

No segundo semestre daquele ano veio nova campanha recheada de entusiasmo, com direito à goleada histórica de 8 a 1 sobre o Avaí na Série C do Campeonato Brasileiro. O Tupi chegou ao quadrangular final da competição nacional com Sampaio Corrêa-MA, Francana-SP e Juventus-SP. No primeiro turno, os seis pontos conquistados deram esperança aos carijós. No entanto, no returno, o Galo perdeu todas as partidas e terminou sem o acesso.

O apelido de Jair Bala surgiu quando ainda atuava nas categorias de base do Flamengo e sofreu um tiro acidental de um funcionário do clube. Ainda assim, ele seguiu jogando com a bala no corpo durante toda a sua carreira.

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“Ídolo máximo” do América-MG

Jair Bala é considerado por muitos o maior ídolo da história do América-MG (Foto: Reprodução América-MG)

O América-MG se pronunciou sobre a morte do ídolo do clube:

“O América Futebol Clube lamenta profundamente o falecimento de Jair Félix da Silva, o eterno Jair Bala, ídolo máximo do Coelho, que nos deixou nesta terça-feira, 27 de dezembro de 2022.
Capixaba de Cachoeiro do Itapemirim, Jair Bala iniciou sua trajetória pelo América em 1964. Logo em seu primeiro ano de clube, foi o artilheiro do Campeonato Mineiro e desfilou todo seu talento com a armadura americana. Em sua segunda passagem, já no início da década de 70, deixou seu nome eternizado na história ao ser o craque da inesquecível conquista invicta do Campeonato Mineiro de 1971. Sua trajetória está para sempre na memória americana e seus 78 gols marcados o tornaram o 6º maior artilheiro de todos os tempos do Coelho.

Ao fim de sua carreira como jogador, seguiu engrandecendo o pavilhão do América até o fim de sua vida. Uma de suas atribuições foi a de comentarista esportivo, defendendo o Clube por décadas no programa Alterosa Esporte, da TV Alterosa, filial do SBT em Minas Gerais.

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Nos últimos anos, Jair Bala vinha lutando e, recentemente, estava internado no Hospital Felício Rocho após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. O ídolo esteve em coma nesse último mês e, nesta terça-feira, não resistiu.

As informações sobre velório e enterro estão sendo definidas e serão comunicadas posteriormente”.

 

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