Lúdica Música! lança novo disco, o ‘Espelho do coração’

Lá de terras portuguesas, o Lúdica Música anuncia um disco novo. Nasce, nesta quarta-feira (21), o “Lúdica Música! – Espelho do coração”: um álbum com sete músicas inéditas que mostram um pouco desses mais de 30 anos de história do grupo formado por Rosana Britto (voz, violão, percussão), Isabella Ladeira (voz, percussão) e Gutti Mendes (voz, guitarra, percussão).

No mesmo dia, no YouTube, o trio também lança um programa como live, em que eles interpretam ao vivo as músicas que fazem parte desse novo trabalho. Além disso, apresentam três vídeos com convidados de vários cantos: a cantora Juju Britto e o percussionista Douglas Rafael, de Belo Horizonte, participam da música “Mais eu quero mais”; Thaylis Carneiro, de Leopoldina, da “Do mesmo jeito” e, em “Blefe”, o percussionista uruguaio criador de instrumentos de material reciclável, Fernando “Cacho” Rodriguez. O programa será exibido às 19h, no Brasil (ou às 22h, em Portugal).

Em “Lúdica Música! – Espelho do coração”, o grupo apresenta ao público músicas recentes, mas, também, outras de outros tempos que, no entanto, nunca tinham sido gravadas. A faixa que dá nome ao disco, por exemplo, foi composta por Rosana quando ela tinha 17 anos de idade, permeada pelos seus questionamentos filosóficos. Anos depois, ela continua atual. É dela também a canção “Música e palavras”, em que ela discorre sobre a necessidade de buscar pela liberdade, tanto na vida quanto na arte. Gutti, sozinho, compôs “Calafrios”, que narra um mergulho solitário no mar, que é cenário para um personagem que ousa libertar a dor quando desafia as ondas.

Já em “Só o Deus do meu universo pra criar”, a dupla Gutti e Isabella fazem nascer um samba, em que eles questionam a trama do viver e as mudanças rotineiras que vira e mexe aparecem, reforçando a importância da força e da fé de cada um. Também em dupla, Isabella e Rosana, no começo da pandemia, escreveram “Quando tudo passar (Vai ser tão bom)”. A proposta era, com a canção, acalmar as mentes e os corações aflitos.

O trio, junto, apresenta “Arapuca”: uma música eletrônica como crônica, falando sobre o cotidiano e seus altos e baixos. É deles também a canção “Tem, mas acabou”, que faz refletir sobre os dias de hoje e uma provável inversão de valores no cotidiano.
Além disso, para pensar o disco como um todo, cada um ocupa um espaço: Gutti produziu o “Espelho do coração”, enquanto Rosana assina a direção artística e Isabella a produção executiva. O disco é, então, um retrato atual do trio e dos caminhos que percorreram nesses anos, seja no Brasil ou em Portugal.

Na cena de Juiz de Fora, mesmo em Portugal

Importante nome para a consolidação da cena juiz-forana, impactando a formação de diversos artistas ativos ainda hoje na cidade, o Lúdica Música já gravou mais de sete álbuns e três DVDs, tendo colaborações com nomes como Ivan Lins e Milton Nascimento. Desde 2019, eles atuam em Portugal, sem perder os olhos no Brasil e em Juiz de Fora..

A especialidade deles sempre foi fazer música do Brasil, pensando no mundo. Exemplo disso é que, recentemente, o trio foi finalista do programa The Voice Gerações, da RTP1. As quatro cadeiras dos jurados viraram no primeiro dia, quando homenagearam a ídola em comum do Lúdica Música, a cantora portuguesa Simone de Oliveira, cantando o clássico “Desfolhada”.