Polícia detalha caso de cachorro arremessado de apartamento
Homem de 35 anos acusado de maus tratos continua preso; suspeito já tinha outras passagens por danos
Em entrevista coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (19), a delegada Bianca Mondaini, responsável pelo Núcleo de Animais da Polícia Civil (PC), divulgou detalhes da investigação do caso envolvendo a morte de um cachorro arremessado da janela do terceiro andar por um homem de 35 anos, na última sexta-feira (16), na Rua São Sebastião, no Centro de Juiz de Fora. De acordo com a PC, momentos antes do crime, o suspeito teria se envolvido em uma discussão com sua mãe e, diante da confusão, o cachorro, da raça pinscher, teria mordido o homem, que pegou o animal e o arremessou pela janela. A morte do cachorro foi constatada no local pela equipe que atendeu à ocorrência.
“Nós estamos com duas linhas de investigação, mas a principal é que parece que no momento em que houve a discussão, o cachorro se assustou e mordeu o homem, até mesmo talvez para defender a sua dona. Esse mesmo suspeito já tinha outras passagens por outros crimes. A mais recente foi quando ele foi preso em flagrante, em abril deste ano, por danos causados no HPS.
Ele permanece preso desde o dia 17, tendo em vista que o delegado de plantão ratificou o flagrante e já representou a prisão preventiva, que foi acatada pela justiça”, afirmou a delegada. Ainda na última sexta-feira (17), a Tribuna mostrou que o mesmo homem se envolveu em outra ocorrência polêmica no dia 25 de fevereiro deste ano, quando foi flagrado por câmeras de segurança virando e quebrando balcões de uma loja de celulares na Rua Batista de Oliveira, no Centro.
A delegada Bianca Mondaini também falou sobre as possíveis penas que o suspeito poderá enfrentar pelo crime de maus tratos a animais. “Nós ainda temos algumas diligências pendentes no inquérito, como ouvir algumas testemunhas e juntar alguns laudos periciais, mas a investigação já está bem adiantada. Nós estamos classificando essa ocorrência como crime de maus tratos, e como nesse caso o animal veio a óbito, temos um fator agravante por envolver a morte do cachorrinho. Nesse cenário, o suspeito poderia responder a no máximo um pouco mais de cinco anos de prisão”, detalhou.