Moraes diz que operações da PRF não impediram votação e descarta estender horário

Ministro ainda afirmou que não há necessidade de “superlativar” a questão


Por Agência Estado

30/10/2022 às 16h16- Atualizada 30/10/2022 às 16h23

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que operações realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste domingo (30), não impediram que eleitores pudessem votar, apesar de poder ter havido atraso. Ele ainda afirmou que não há necessidade de “superlativar” a questão e que não haverá extensão do horário de votação em razão dos episódios. “Votação termina 17h como programado (…) Isso (as operações) em alguns casos retardou a chegada dos eleitores a seção, mas em nenhum caso impediu os eleitores de chegar”, disse Moraes em coletiva de imprensa realizada no TSE em Brasília.

No sábado (29), Moraes proibiu a PRF de realizar qualquer operação contra ônibus e veículos do transporte público neste domingo, para garantir o fluxo de eleitores. Apesar disso, blitze são registradas especialmente no Nordeste. A coligação de Lula acionou o TSE contra as operações e Moraes determinou o fim imediato das atividades.

PUBLICIDADE

O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, esteve no TSE para prestar esclarecimentos e, de acordo com Moraes, Vasques afirmou que as operações foram realizadas com base no Código de Trânsito Brasileiro e que não houve intenção de descumprimento da decisão do TSE. “Por exemplo, foram feitas operações em ônibus com pneu careca”, disse Moraes, destacando, no entanto, que haverá uma apuração de caso a caso sobre o que ocorreu.

“Segundo Vasques, foi questão de interpretação, vistorias em ônibus sem condições de transitar, em nenhum momento eles retornam a origem, prosseguiram (para as seções eleitorais)”, disse. “TSE já verificou se houve prejuízo de voto a eleitores, e não houve”, reafirmou Moraes.

O presidente do TSE ainda afirmou que, mesmo as operações com base no Código de Trânsito Brasileiro também precisam cessar por determinação da Corte.

‘Encerramos eleição em mais de 73 países’

A uma hora e meia do final da votação deste domingo, Alexandre de Moraes ainda disse que as eleições já foram encerradas em mais de 73 países. O ministro também informou que apenas 0,55% das 472.075 urnas foram substituídas. “Um número ínfimo, que mostra que tudo funcionou extremamente bem”, ressaltou. Tradicionalmente, a taxa de urnas que apresentam algum defeito e precisam ser trocadas fica por volta de 1,4%.

Moraes destacou ainda que houve “pouquíssimas filas e muito pequenas” em todo o território nacional. Segundo ele, a diminuição da demora para votar se deu porque há menos candidatos para votar e porque foram feitas melhoras na logística. “O eleitor entrava, e até sair, não entrava mais nenhum. Isso foi alterado e agora o eleitor entra, faz a biometria ou apresenta documento, e quando vai para cabine o outro já entra. Isso traz um fluxo maior”, afirmou.

Ofício da PRF enviado na madrugada manda operações seguirem apesar de veto do TSE

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, enviou um ofício na madrugada deste domingo (30) a todas as Superintendências reafirmando a continuidade das operações da corporação, apesar de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, ter proibido no sábado qualquer ação neste sentido.

O conteúdo continua após o anúncio

“Reafirmo o compromisso da PRF com o fortalecimento da segurança pública nacional, quer seja na promoção das vidas, na preservação dos patrimônios públicos e privados e na garantia da mobilidade nas rodovias e estradas federais e nas demais áreas de interesse da União, razão pela qual a Operação Eleições 2022, nas ações não conflitantes com a decisão proferida pelo TSE, deve seguir seu curso natural até o dia 1º de novembro de 2022, com o Debriefing das ações do 2º turno”, destaca o documento obtido pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.