Primeira edição Festival Estação acontece no próximo sábado

Evento terá atrações musicais, feira de artistas, comida vegana, chope e ações de sustentabilidade ecológica


Por Júlio Black

19/10/2022 às 07h00

Grupo Margaridas Peludas é uma das atrações musicais do festival, que será realizado na antiga estação ferroviária (Foto: Divulgação)

A área de embarque da antiga estação ferroviária de Juiz de Fora vai receber, no próximo sábado (22), a partir das 15h, a primeira edição do Festival Estação, que vai oferecer as apresentações do Maracatu Estrela na Mata, Roda de Samba das Mulheres e Margaridas Peludas, além de uma jam session na qual o palco será aberto para a participação do público. Haverá, ainda, feira com artistas locais, praça de alimentação com comida vegana e chope. O valor do ingresso é de R$ 15, e as 200 primeiras pessoas ganharão um copo ecológico.
Uma das organizadoras do evento, Juliane Lopes, adianta que o Festival Estação terá seis expositores de arte: Renegada 42, Viaj’Arte, a artista Débora de Paula, Gentileza Ateliê e a artista Vanessa Melo. “Também estarão conosco a Tabacaria Buena Onda e o chope São Bartolomeu. Diferente de outros festivais, não cobramos taxa para participação dos expositores. A ideia é somar”, diz, aproveitando para destacar que a comida vegana ficará sob responsabilidade de VeGnomos.
“É um empreendimento que nasceu da união de um gastrônomo e uma jornalista, ambos com vontade de fazer comida boa, acessível e livre de crueldade animal. Com o apoio da UaiTofu, marca juiz-forana que é referência nacional, a dupla vai oferecer pizzas e petiscos ao público. A sobremesa fica por conta da Lari Cookie, que também trabalha apenas com produtos veganos.”
A realização do evento na antiga estação ferroviária – que iniciou suas atividades no século XIX e por muito tempo foi um dos principais locais de trânsito e passagem da cidade – partiu do desejo de recuperação do espaço, além de procurar movimentar, diversificar e revolucionar a cena cultural Juiz de Fora, somando-se ao recente movimento de revitalização da região central. Mas será, também, um festival ligado à questão da sustentabilidade.
“Serão distribuídos copos ecológicos para as primeiras 200 pessoas que chegarem ao evento. Isso reduz demais a utilização de copos descartáveis de plástico”, salienta Mylena Melo, também envolvida na organização. “Também vamos disponibilizar apenas itens em papel e papelão na praça de alimentação do evento, novamente evitando o uso do plástico. Na decoração do espaço, ainda utilizamos peças de artistas que trabalham com o reaproveitamento de materiais que seriam descartados. Por fim, estabelecemos uma parceria com a Catadores Coleta Seletiva JF, que irá auxiliar na destinação correta dos resíduos do evento, que é a reciclagem. Nossa pegada ecológica também é reduzida, visto que os fornecedores, apoiadores e o público são da cidade.”

Arte e sustentabilidade

O Festival Estação pode ser definido, então, como um evento que busca levar ao público a conscientização ambiental por meio da arte. Sobre essa questão, Juliane pontua que a arte, em todas suas formas de expressão, é mais poderosa do que se pensa, pois é provocativa e leva a reflexão sobre problemas ambientais e sociais.
“As movimentações artísticas dão o alerta e destacam discussões necessárias a toda a sociedade. Acreditamos que a arte é uma ferramenta para formação de cidadãos com consciência ecológica e ambiental”, afirma.
“Um evento cultural que oferece comida vegana a preços convencionais também é uma estratégia que leva a essa construção”, complementa Mylena. “A presença de artistas locais que trabalham com a reutilização de materiais que seriam descartados é outra estratégia. Através dessa sensibilização, as pessoas conseguem ver e vivenciar outras possibilidades de relação com o meio ambiente.”
Por fim, Juliane lembra que esperam que o Festival Estação seja um evento que entre para a programação da cidade. “A gente quer muito fazer outras edições do Festival, mas ainda é cedo para cravar qual será a periodicidade. Gostamos da ideia de fazer duas vezes por ano, ou de três em três meses, como são as estações, mas certo é que não vamos parar por aqui.”

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