Nova redução do preço do gás de cozinha não chega ao consumidor de JF

Mesmo com dois reajustes consecutivos da Petrobras, os preços nas distribuidoras ainda estão estagnados


Por Tribuna

27/09/2022 às 19h34

Na última quinta-feira (22), a Petrobras anunciou uma nova redução nos preços do gás de cozinha. Esse é o segundo corte registrado de forma consecutiva no mês de setembro, chegando a uma redução de 6%, após o primeiro reajuste, em 13 de setembro, ser de 4,7%. Em Juiz de Fora, mesmo após essa alteração, os preços têm se mantido acima de R$ 100, mesmo valor que estava há duas semanas, quando a Tribuna realizou um levantamento com as principais revendedoras. De acordo com os sindicatos, esse valor só deve abaixar após as companhias também conseguirem uma redução, o que ainda não foi possível.

Apesar da queda no valor da Petrobras, há outros fatores que definem o preço final do gás de cozinha, o que faz com que esse valor não tenha ainda, na prática, chegado ao consumidor de maneira mais acessível. Desde a última sexta-feira (23), o preço médio de venda para as distribuidoras do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) passou de R$ 4,0265/kg para R$ 3,7842/kg, o equivalente a R$ 49,19 por 13kg, uma redução média de R$ 3,15 por 13kg. No atual levantamento da Tribuna, realizado na terça-feira (27), no entanto, as distribuidoras estão vendendo o botijão por valores entre R$100 e R$120, sem considerar as taxas de entrega aplicadas.

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Isso acontece porque a Petrobras é responsável por menos da metade do preço, e essa variação também depende de impostos e da taxa de lucro. Em setembro, o dissídio coletivo dos trabalhadores do setor, que é pago tradicionalmente durante o mês, trouxe um impacto nos valores do gás de cozinha. De acordo com Venceslau José da Silva Filho, presidente do Sindicato do Comércio Varejista Transportador e Revendedor de GLP do Estado de Minas Gerais (Sirtgás-MG), isso fez com que a baixa vinda do Governo federal não gerasse a redução desejada. “Mesmo com a redução da Petrobras, também houve o aumento das companhias. Por isso não tá chegando ao consumidor, na ponta”, diz.

Pesquisar antes de comprar

O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), por sua vez, esclarece que os preços do GLP são “livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado”. Até o momento, eles revelam, em nota, que as distribuidoras associadas não reportam ao sindicato qualquer aumento ou baixa de preço e apontam que, por enquanto, não há como fazer uma previsão de preço ao consumidor. Mesmo com a atual estagnação desse valor, o presidente do Sirtgás-MG sinaliza que a perspectiva para os próximos meses é promissora. “Com o preço de agora até outubro, vamos ter mais quedas, e aí a redução já pode começar a chegar para o consumidor na ponta”, acredita Venceslau.

Além de estar atento às variações do mercado, o Sindigás recomenda que os consumidores que desejam encontrar valores mais em conta do gás de cozinha sempre façam uma pesquisa entre os preços antes de efetuar a compra. Dessa maneira, eles enxergam que é mais fácil encontrar “a melhor combinação de oferta de serviço e preço, sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência”.

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