Semana será decisiva para os candidatos, diz cientista político

Por Paulo Cesar Magella

23/09/2022 às 12h00 - Atualizada 23/09/2022 às 16h41

Os números do Datafolha divulgados na noite de quinta-feira seguiram a mesma tendência de outros institutos, os quais também apontaram para o mesmo movimento: leve crescimento de Lula e estagnação de Bolsonaro. De acordo com o cientista político Paulo Roberto Figueira, “se esta tendência se mantiver na semana final, volta a ficar no radar a possibilidade de vitória de Lula no primeiro turno (a depender de variáveis como níveis de abstenção do eleitorado e movimentos de voto estratégico de eleitores de Ciro e Tebet na reta final)”.

Na reta final, estratégias ganham peso

De acordo com o professor Paulo Roberto, “a campanha de Lula provavelmente vai enfatizar estas duas dimensões: estimular o comparecimento às urnas e sugerir que eleitores anti-Bolsonaro devem votar em Lula para acabar logo a disputa. Bolsonaro precisa de estratégias que consigam furar a bolha de seu eleitorado cativo. Sem isso, apenas a base mais fiel não é suficiente para lhe dar vitória. Mas o tempo é escasso e o arsenal de ações possíveis vem diminuindo”, observou.

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Efeito nacional pode não chegar aos estados

De acordo com o cientista político, na corrida ao governo do Estado a questão é avaliar a influência da disputa nacional. “Nas principais pesquisas, Lula aparece com vantagem do estado, mas isso não se traduziu numa ampliação simétrica do voto em Kalil. A distância entre Zema e ele diminuiu, segundo as pesquisas, mas ainda há uma margem grande de vantagem para o governador”, observou. Paulo Roberto Figueira considera que a reta final pode trazer indicativos da possibilidade ou não de segundo turno, “que é pequena, se mantido o quadro atual (inclusive porque os índices de intenção de voto dos demais candidatos estão baixos)”, finalizou.

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