Anderson Ferrari lança primeiro livro de contos

Professor da UFJF promove lançamento de “Eu chorei só cinco lágrimas – contos que me contam” nesta quarta


Por Júlio Black

21/09/2022 às 07h00

contos
PROFESSOR DA UFJF, Anderson Ferrari integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Foto: Alexandre Dornelas/Divulgação)

O escritor e professor da UFJF Anderson Ferrari lança nesta quarta-feira (21), às 19h, na filial da Livraria Leitura localizada no Shopping Jardim Norte, o livro de contos “Eu chorei só cinco lágrimas – contos que me contam” (Giostri Editora). Depois de inúmeras publicações científicas, o acadêmico faz sua estreia na ficção com narrativas curtas de histórias que fazem – de alguma forma – parte de sua trajetória. O livro pode ser adquirido nas duas filiais da livraria em Juiz de Fora, ou pelo site da editora.
A estreia de Ferrari na ficção começou a ser gestada no período de isolamento social, em que aproveitou para colocar a leitura em dia, incluindo os contos. “Aproveitei para ler ou reler muitos contos, e nessa leitura lembrava dessas histórias que eu vivi ou me contaram e que resolvi transformar em ficção. Todos eles são inspirados em fatos reais, em que inventei novos personagens ou situações”, conta.
Os 15 contos de “Eu chorei só cinco lágrimas – contos que me contam” têm a ver com a área de pesquisa de Anderson, que é a de gênero e sexualidade – ele integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade da UFJF -, a partir de histórias que ele conta em suas palestras, sendo que algumas foram utilizadas nos artigos científicos que escreveu – no caso, relatados como casos verídicos.
“Sempre achei que havia a possibilidade de escrever como ficção, por ver o potencial para ensinar além dos artigos. Então comecei o primeiro conto e gostei de ter ‘ficcionado’ aquela realidade, e resolvi escrever os demais. Acho que o conto, assim como o viés científico, permite educar e ensinar, e possibilito assim ao leitor e à leitora se repensarem.”
Sobre utilizar no livro apenas as histórias ligadas à sua área de atuação acadêmica, ele diz que esta foi uma decisão consciente. “O conto é um gênero do qual gosto, pois tem duas características que me agradam: uma é o fato de serem histórias curtas, e a outra é a imprevisibilidade do conto; os que mais gosto são os que me surpreendem no final. Quando comecei a escrever, eu me inspirei nessas características.”

E vai ter mais
Dentre as histórias contadas no livro, Anderson Ferrari destaca três delas para atiçar a curiosidade do público. “Tem uma história da qual gosto muito, cujo título é ‘Salpicão’. É sobre o encontro de dois homens no supermercado, uma paquera. Um vai adivinhando o que o outro vai comprar. Um antecipa as gôndolas para encontrar o olhar do outro”, diz. A outra é “A novela da Globo está acabando com a família brasileira”, em que uma mulher culpa a novela da emissora por sua traição, e a terceira é sobre duas crianças que brigam pelo espaço da quadra esportiva da escola. “Surpreendentemente, a menina bate no menino, e aí vem toda a revolta do menino de ter apanhado da menina”, antecipa.
Com o primeiro livro ainda a chegar às livrarias, Anderson Ferrari adianta que pegou gosto por contar histórias e que planeja futuros lançamentos. “É uma cachaça. Adorei escrever e gostei do resultado, e estou ansioso para saber o retorno das pessoas. Já escrevi outros contos e tenho material suficiente para um próximo livro, mas agora quero viver esse momento do lançamento. Certamente é um caminho que quero prosseguir.”

PUBLICIDADE

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.