Candidatos à presidência lembram 7 de setembro em publicações e agendas
Data em que é comemorada a Independência do Brasil representa uma das principais datas na campanha para as eleições deste ano
Os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2022 celebraram os 200 anos da Independência do Brasil por meio de publicações em redes sociais. O atual presidente e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, participou de desfile em Brasília na manhã desta quarta-feira (7).
Apesar de não ter agenda pública nesta quarta-feira, o candidato pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, convocou apoiadores pelo Brasil a compartilharem fotos nas redes sociais em defesa da sua candidatura. Mais cedo, ele postou um vídeo celebrando a independência do Brasil, com bandeiras do país e ao som do hino nacional. Aconselhado por aliados, o ex-presidente da República decidiu permanecer em casa nesta quarta para não medir forças com o seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que aposta no 7 de setembro para se alavancar politicamente em manifestações pró-governo.
A candidata Simone Tebet (MDB) afirmou que, apesar dos 200 anos de Independência, a emancipação ainda é um sonho a ser atingido no Brasil. A emebedista diz que, para um país ser independente, é preciso garantir cidadania ao seu povo. “200 anos se passaram, e vemos que a independência ainda é um sonho a ser atingido”, declarou a candidata, em publicação no Twitter. “Um país, para ser independente, precisa garantir cidadania ao seu povo. Comida na mesa, educação de qualidade, emprego, renda e lazer”, pontuou.
Bolsonaro domina atos, e presidenciáveis tentam resgatar verde e amarelo
Com os principais eventos marcados para o 7 de setembro deste ano dominados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), os demais candidatos ao Palácio do Planalto buscam maneiras de se conectar com a data e “resgatar” a bandeira brasileira, enquanto as campanhas reforçam mensagens em defesa da democracia.
Integrantes das principais campanhas presidenciais traçaram estratégias paralelas, já que reconhecem não ter a mesma força de mobilização para disputar as ruas com o bolsonarismo durante as comemorações do bicentenário da Independência.
Bolsonaro quer fazer dos eventos de hoje uma demonstração de força. O presidente optou por não participar do ato na Avenida Paulista, em São Paulo, e vai concentrar a agenda entre Brasília e Rio, onde está prevista maior concentração de manifestantes.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS) marcaram agendas alusivas à data. O pedetista vai passar o dia em Ouro Preto (MG), base da Inconfidência Mineira, e a emedebista visitará uma fazenda em Jaguariúna, no interior de São Paulo, por onde passou d. Pedro I e onde morou a primeira deputada eleita do Brasil.
Simone Tebet também gravou um comercial para o horário eleitoral de rádio e TV com a bandeira do Brasil. “Essa bandeira não tem partido. Essa bandeira não tem dono. Essa bandeira é de todos nós”, afirma a candidata emedebista ao Planalto na propaganda.
Símbolos
Na mesma linha, a candidata do União Brasil à sucessão de Bolsonaro, senadora Soraya Thronicke (MS), gravou um comercial alusivo ao Dia da Independência na propaganda eleitoral com o mote “a favor da democracia e contra golpes; contra o ódio e a favor da paz e da união”.
“Importante sempre lembrarmos que as datas oficiais, os símbolos nacionais, o território e as instituições pertencem a todos os brasileiros, independentemente de ideologia política”, diz a candidata.
A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo aliados do petista, já “precificou” o feriado da Independência e abriu mão de fazer grandes atos de rua. Os marqueteiros da campanha do ex-presidente, no entanto, reforçaram a presença da bandeira e das cores nacionais nos eventos de campanha petistas.
Monitoramento
Integrantes dos comitês de Lula, Ciro Gomes, Simone Tebet e Soraya Thronicke estão também acompanhando as movimentações do bolsonarismo nas redes sociais enquanto se preparam para responder com rapidez a eventuais falas ou gestos de teor golpistas.
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