Bolsonaro mais calmo
O presidente Jair Bolsonaro seguiu a orientação de seu staff eleitoral de não atacar o rival Lula da Silva (PT) durante a sabatina do Jornal Nacional na noite de segunda-feira (22). A ideia era mostrar um Bolsonaro mais calmo (daí a fala mais pausada, diferente dos arroubos em público), focado nas respostas, em sua defesa e no que já foi feito em seu Governo no social e na economia. Se a estratégia deu certo, os palacianos próximos de Bolsonaro ainda não tiveram o retorno de uma pesquisa. O PL, seu partido, encomendou uma sondagem qualitativa para apurar a reação popular diante da participação na TV. A conferir.
Torres está fora
O clima azedou de vez entre o ministro da Justiça, Anderson Torres, e a Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal (ADPF). Torres pediu sua desfiliação da entidade. A APDF vem batendo de frente com o ministro há meses, por reivindicações da categoria não atendidas no Governo – em especial o reajuste prometido pelo próprio presidente com índice de dois dígitos, o que não ocorreu.
Corre-corre no MPF
Houve caça às bruxas dentro do MPF protagonizado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que não sabia da operação da PF contra os empresários bolsonaristas acusados de mensagens antidemocráticas no WhastApp. Aras correu para se explicar em nota. Descobriu que, ao contrário da praxe, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que soltou a operação, entregou cópia da decisão cautelar na sala do MPF dentro do STF na segunda-feira (22) à tarde. Alguém não avisou ao Aras.
Fim para Marçal
O TSE avalizou ontem a cessão de 26 segundos do Pros para o PT adicionar ao seu horário eleitoral na TV diariamente. Com a decisão, Lula terá mais tempo que Bolsonaro. O presidente do Pros, Eurípedes Júnior, que retomou o cargo, aderiu à coligação do PT e autorizou que o tempo seja utilizado pelo candidato. Assim, dançou de vez o “coach” Pablo Marçal, que desejava disputar a presidência pelo Pros.
A vida pela terra
O Brasil registrou até ontem, somente este ano, 25 assassinatos de índios, quilombolas, sem-terra e simpatizantes. Entre eles sete indígenas; cinco apoiadores e ambientalistas – como Bruno Pereira e Dom Philips -; quatro sem-terra; seis lavradores assentados e dois quilombolas. Já o relatório de Violência contra os povos indígenas no Brasil do Conselho Indigenista Missionário registrou 176 assassinatos de indígenas em 2021.
Preservando Noronha
O STF foi o mediador de acordo entre a União e o Governo de Pernambuco sobre ações mais combativas à especulação imobiliária e preservação do meio ambiente no arquipélago de Fernando de Noronha. O Governo federal acusou o Estado de liberar algumas construções “pé na areia”. Houve audiência em Brasília onde o clima foi pacificado – e medidas de fiscalização serão apresentadas em reunião em novembro.