Atletas de projeto social de Lima Duarte vão a sete pódios no Sul-Americano de Jiu-Jítsu
Movimento do Bem Jiu-Jítsu levou treze atletas para a competição; irmãs de 11 e 12 anos são campeãs após momento de frustração
Depois de Duda Ferreira, de apenas 15 anos, ser selecionada para o Mundial no Catar, foi a vez dela e de mais seis lutadores do projeto social Movimento do Bem Jiu-Jítsu, de Lima Duarte, conquistarem medalhas no Campeonato Sul-Americano, que aconteceu no Rio de Janeiro, no último fim de semana. Ao todo, 13 atletas representaram a cidade na competição.
Das sete medalhas alcançadas, três faixas cinzas foram de ouro: Ingridy Victória de Almeida, de 12 anos, peso médio, categoria infanto juvenil 1; sua irmã, Maria Eduarda de Almeida 11, da faixa etária infantil 3, peso leve; e João Lucas de Morais Pereira, 7, na mirim, pesadíssimo. Já Duda Ferreira, 15, infanto juvenil 3, peso médio, de faixa amarela, e Vanessa Cristina Sales, 9, mirim 3, peso pesado e faixa cinza faturaram a medalha de prata. Fecham as conquistas com o bronze, Emanuelle Vitória de Paiva Rocha, 8, na mirim 3, peso pluma, e Alice Ribeiro Lacerda, 14, na infanto juvenil 2, peso médio, faixa cinza. Kauã Victor de Almeida, irmão das meninas de ouro, Gilmara Luiza, Layla Aparecida, Miguel Rodrigues, Luan Gustavo e Amanda Souza também atuaram pelo projeto social.
De acordo com Andréa Paiva, que integra a organização do projeto social de jiu-jítsu, os atletas foram verdadeiros guerreiros. “Nós não temos ajuda financeira, só o transporte que conseguimos com a Prefeitura. As inscrições foram pagas através de meios próprios, eventos que fizemos para arrecadar dinheiro”, lamenta, ao divulgar o contato (32) 98859-9318 para interessados em apoiar o projeto.
Irmãs vencem todas a lutas e são campeãs
As irmãs Ingridy de Almeida, de 12 anos, e Maria Eduarda de Almeida, a Dudinha, 11, moradoras do Bairro Vila Cruzeiro, em Lima Duarte, tiveram “dias de luta” até chegar nos de glória com as conquistas no Sul-Americano, como conta a mais velha. “Em maio, fomos em Barueri para disputar o Brasileiro de Jiu-Jítsu. Eu ‘só’ fiquei em terceiro e a Dudinha não teve resultado. Ficamos muito tristes. Mas voltamos com muita garra e determinação, treinando no projeto segundas, quartas e sextas, além de treinos na academia. Enfrentamos frio e chuva para lutar o Sul-Americano, mas nossa dedicação foi recompensada em dose dupla com as medalhas”, vibra Ingridy à Tribuna. “Foi maravilhoso. Tive medo, mas minha vontade de vencer superou tudo”, complementa.
A mais nova, Dudinha, também se superou e ficou emocionada. “Estava muito triste por ter perdido o Brasileiro. Mas foquei no meus treinos e a recompensa veio. Lutei com as mesmas meninas, mas agora foram três lutas, três vitórias e o ouro. Foi inexplicável, maravilhoso. Faltam palavras para descrever” declara a garota.
Mas não são só as duas irmãs que gostam do jiu-jítsu na famíia. Ingridy dedica o ouro a um garotinho de 7 anos, chamado Kauã, que também participou da competição. “Quero ser inspiração para os menores do projeto, principalmente para meu irmãozinho”, deseja a menina, que venceu todas as suas lutas no campeonato.
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