PM esclarece caso envolvendo filha de juíza em Ubá

Médica teria tentado dar “carteirada” para que policiais conseguissem uma vaga para estacionar


Por Sandra Zanella

18/08/2022 às 16h46

A Polícia Militar esclareceu o episódio envolvendo a filha de uma juíza de Ubá, ocorrido no último sábado (13), no município que fica a cerca de 100 quilômetros de Juiz de Fora. A cena foi gravada, e os vídeos viralizaram nas redes sociais esta semana. Pelas imagens, a médica psiquiatra, de 34 anos, desceu de um carro parado no meio da rua e abordou policiais militares que estavam na calçada, solicitando uma vaga para estacionar. Depois de tentar dar uma “carteirada”, dizendo que era filha da juíza da Vara da Infância e Adolescência da cidade, ela foi orientada a ir para casa, mas insistiu que não queria confusão, “apenas um lugar para parar”.

Mesmo com a sugestão de um estacionamento nas proximidades, a mulher persistiu: “Porra, sério?”. Os policiais chegaram a dizer que não eram flanelinhas. A amiga que estava ao volante falou de dentro do carro que elas não queriam ir para casa, porque queriam beber mais, e foram advertidas de que caso fossem pegas dirigindo sob efeito de álcool poderiam ser multadas e presas. “Tá de sacanagem?”, questionou a médica.

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Por fim, a amiga desembarcou na tentativa de convencer a mulher a ir embora. No entanto, a envolvida voltou a falar com um militar: “Tu tá com problema, velho?”. Quando o policial disse para ela retirar o carro da via e ir embora, senão teria que prendê-la e apreender o veículo, ela gritou: Me prende, porra!” e repetiu a frase por mais de dez vezes. Por fim, disse para a amiga: “Eu vou mandar uma fotinha dele para a mamãe”.

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Sentada na viatura

Em nota, o 21º Batalhão de Ubá complementou que, no desfecho, a mulher abriu a porta da viatura, sentando-se no banco traseiro. “Utilizando a técnica policial de verbalização, os policiais militares, juntamente à sua amiga, condutora do veículo, conseguiram convencê-la a se retirar da viatura policial, não sendo necessário o uso de força.”

Sobre o início do caso, a PM esclareceu que os policiais abordados realizavam patrulhamento pelo Centro da cidade de Ubá quando um veículo ocupado por duas mulheres parou na rua, sendo que a carona desembarcou, solicitando aos policias militares que retirassem a viatura policial para que, assim, a motorista pudesse estacionar o veículo.

“Durante conversa com a cidadã, os policiais a explicaram que havia um estacionamento disponível na mesma rua, onde ela, facilmente, poderia estacionar, momento em que ela informou ser filha de uma juíza de direito da comarca do município. Contudo, a referida mulher se exaltou, demonstrando insatisfação com a solução apresentada pelos militares, insistindo para que retirassem a viatura.” A Tribuna tentou contato com a médica, mas não obteve retorno.

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