Tropa de Jair

Por Leandro Mazzini

16/08/2022 às 07h00 - Atualizada 15/08/2022 às 19h24

A campanha eleitoral vai começar para quatro pessoas muito próximas do presidente Jair Bolsonaro, que aproveitaram a exposição na mídia dos últimos anos para sonharem com a política: o sobrinho e ex-assessor do presidente, o intérprete de libras que ficou famoso na TV, o segurança presidencial e o advogado polêmico vão disputar cargos eletivos. Fabiano (Republicanos), o “mudinho” da TV ao lado de Bolsonaro, será candidato a deputado federal por Brasília, onde Léo Índio, sobrinho e o mais próximo de Carlos Bolsonaro (filho do presidente) tentará uma vaga a deputado distrital pelo PL. No Rio de Janeiro, o segurança do presidente Max Guilherme – que adotou o nome eleitoral Max Bolsonaro – vai disputar para federal também, pelo PL. E o advogado Frederick Wassef, que protagonizou polêmicas em Brasília (briga em restaurante e suspeita de racismo em shopping) vai concorrer ao mesmo cargo por São Paulo.

Galeão em risco

Bolsonaro e Paulo Guedes, preocupados com a situação do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, mandaram a Anac preparar a “relicitação” do terminal – que sofre com esvaziamento de voos. Dão como certo que a concessionária atual não pretende mais se atolar em dívidas. Mas antes deve pagar cerca de R$ 1 bilhão ao Governo para devolver a operação. A conferir se esse avião financeiro vai decolar ou cair.

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Prejuízo garantido

A União tentou vender por R$ 3,9 milhões um prédio antigo e tradicional no Centro de Curitiba, a antiga sede da Fundação de Apoio Social (FAZ). Mas ninguém se interessou. Duas situações pesam contra. Técnicos do governo avaliaram a construção e indicam a necessidade de demolição (quem pegar, pagará então pelo terreno, que está caro). E o prédio fica na região da “cracolândia” da capital paranaense. Desvalorização total.

Petrópolis sem obras

Devastada pelas chuvas torrenciais e deslizamentos em vários bairros cravados em morros, a cidade imperial de Petrópolis (RJ) continua um caos administrativo. Limpeza segue, o Centro Histórico foi recuperado, mas a Administração paralisou licenças para novas obras residenciais. E prejudica investimentos que poderiam movimentar a economia na cidade nesse momento difícil.

Onda de containers

O GDF corre para limpar o Plano Piloto. Containers-bares ou de lojinhas de diferentes comércios têm aparecido da noite para o dia em pontos importantes de Brasília e onde a instalação é proibida. A Secretaria DF Legal multou há dias em R$ 908 e interditou um tal “Quiosque da Michelle”, em frente ao Brasília Shopping, área nobre do comércio da cidade – e não é da primeira-dama. Outra caixa de ferro horrível apareceu em frente ao Hotel Kubitschek Plaza. Fora as barracas com mendigos espalhadas pela capital.

A carta da CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que nos anos 80 se notabilizou por seus religiosos ajudarem a fundação do PT, não quis se envolver desta vez, em tempos de uma guerra ideológica polarizada, na famosa Carta pela Democracia lançada pela USP. À Coluna, garantiu que vai lançar a sua carta, com seu teor – sem ingerências ou teores políticos – na próxima assembleia do bispado em Aparecida, em outubro.

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Leandro Mazzini

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