Mídia natimorta
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou criar uma rede nacional de noticiário simpática ao seu Governo. O projeto envolveria uma redação em Brasília e jornalistas pagos com baixos salários. A ideia foi levada a ele por um pequeno grupo de donos de jornais e emissoras das regiões Sul e Centro-Oeste, há dois anos. Houve tratativas, sem sucesso, quando viram que o Palácio do Planalto não colocaria um centavo de publicidade no projeto.
Eu? Tô fora
Não chamem para um café o ex-candidato a presidente do PROS Pablo Marçal e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho Zero Um do presidente Bolsonaro. O parlamentar está brabo com Marçal, que tem espalhado na praça que era próximo do clã presidencial, e que tinham trato de campanha. A família nega. Como notório, o PROS, sob comando de Eurípedes Junior (que recém-assumiu o partido) fechou com Lula.
Sósia de Janja
Seria só uma coincidência se não fosse eleição, em que provocação é do jogo político. O MDB inseriu uma sósia da Janja, a esposa de Lula da Silva, no vídeo de lançamento da presidenciável Simone Tebet. A mulher aparece três vezes em pouco mais de 1 minuto.
Pracinha cara
Depois da onda de portais na entrada das cidades e chafarizes nas praças do centro, nos anos 80, agora os prefeitos da nova geração pensam grande – e o povo paga a conta, claro. A nova mania é solicitar emenda parlamentar para inaugurar “roda gigante” e teleférico como pontos turísticos.
Fé na multimídia
O Santuário de Aparecida (SP) passou sufoco que até hoje rende investimento forte em tecnologia da informação. Em 2016, hackers roubaram milhões de dados de cadastro de fiéis. Hoje, a Igreja foca na interação multimídia da TV e Rádio Aparecida. E na cidade está pacificada. É que os bispos mais tradicionais, que torciam o nariz para o movimento, entraram em acordo com os da Renovação Carismática, da vizinha Cachoeira Paulista (SP).
Radiografia do povo
Uma pesquisa da World Vision International mostra que 82% de migrantes e refugiados de cinco países, incluindo a Venezuela, não conseguem satisfazer necessidades básicas como alimentação própria e dos filhos. Em cenário semelhante, o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia, da Rede Penssan, revela que 33 milhões de brasileiros passam fome.