Festival Dia de Rock acontece neste sábado e domingo
Evento vai ser realizado na Praça da Estação, de forma gratuita, com bandas locais e de outras cidades mineiras
Juiz de Fora volta a abrir espaço para o rock para as massas neste sábado e domingo, quando acontece na Praça Doutor João Penido (a Praça da Estação) o Festival Dia de Rock, que vai reunir mais de uma dúzia de bandas da cidade e de outros municípios mineiros. O evento é gratuito e, além dos shows, terá opções gastronômicas na praça. Realizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, o festival também teve ao longo da semana workshops on-line com o guitarrista Lúcio Maia, da Nação Zumbi, e o baixista local Marcelo Castro.
No sábado (6), o Dia de Rock tem início às 13h com a apresentação dos grupos que se classificaram para a Mostra de Bandas organizada pelo festival: Varanda, Contratempo, Tarantina e Coronel Seven. Depois, entra o grupo Trupicada, em show direcionado para o público infantil. Na sequência, apresentam-se The Cookers, Basement Tracks, Venice, Martiataka e o baiano Márcio Mello. No domingo (7), a maratona musical tem início ao meio-dia, com os shows de Hugo Schettino Blues Trio, Sensorium, Apartamento Mobiliado e Inoutside, selecionadas pela Mostra. Em seguida tocam Eletric Mood, Fulgaz, Bauxita, Rock Machine, Scarcéus e Lurex (cover da banda Queen).
Segundo a organização do Festival, o evento tem por objetivo realizar um grande evento em celebração ao rock, gênero que, segundo os idealizadores, “revolucionou e revoluciona a música, a cultura e o comportamento de diversas gerações.”
“A ideia surgiu aproximadamente em 2010, quando eu e Daniel Moura viajávamos o estado executando eventos culturais, corporativos e gastronômicos. E durante a realização de um desses eventos sonhamos em um dia poder criar um festival para celebrar o rock, que perpetua desde o século passado e se transformou em um estilo de vida”, conta Guilherme Sânzio, idealizador e coordenador de produção do Dia de Rock, acrescentando que esperam um público total de duas mil pessoas, levando em consideração que o festival será realizado de forma gratuita e na região central da cidade. “O rock é democrático, permeia em todas as classes sociais, sem restrições, assim como as regiões centrais das cidades. A gratuidade faz parte dessa democracia e inclusão social”, defende.
Hora de (mais um) reencontro
Uma das atrações do Festival Dia de Rock é a banda Scarcéus, de Belo Horizonte, escalada para o domingo. Com Henrique Papatella (vocais), Augusto Nogueira (guitarra), João Pinho (baixo) e Alexandre Marques (bateria), o grupo tem mais de duas décadas de atividade e já lançou seis álbuns e quatro DVDs. “O público pode esperar um dia de muito rock. Ficamos muito animados com o convite da produção do evento, que já nasce na cidade com uma aura especial”, anima-se João Pinho. “Então preparamos um show especial, contendo nossos maiores sucessos, além de algumas versões nossas que gostamos muito de hits já consagrados do estilo. Das nossas músicas, ‘Caminhos’ – que fez parte da trilha sonora da novela global ‘Salve-se quem puder’ – e ‘Seu’, um de nossos maiores sucessos, não podem faltar.”
O Dia de Rock tem sido ainda um momento de reforçar os laços com o público após o longo período longe dos palcos, forçado pela pandemia. “São 23 anos de banda e muita história para contar. Creio que se não fosse o amor pela música, pelo nosso grupo e pelos nossos fãs, talvez nem teríamos voltado a nos apresentar. Desde o retorno aos shows o momento tendo sido muito especial, com agenda e casas cheias.”
O baixista falou, ainda, dos planos futuros. “A gente não consegue ficar parado. Na pandemia eu compus incansavelmente. Temos algumas músicas já prontas, em fase final de masterização, que iremos lançar neste segundo semestre. Estamos também começando a planejar algum produto audiovisual. Talvez um DVD ao vivo ou um registro de uma performance, mas com um repertório especial, algo diferente. Estamos olhando muito para a história musical de Minas e talvez a gente caminhe um pouco por aí. É cedo ainda para dizer, mas o que vier será com o padrão Scarcéus de sempre. A gente adora inventar uma moda!”
No sábado, uma das bandas escaladas é a juiz-forana Venice, formada por Vinicius Fortes, Guilherme Gravina, Rodrigo Rebouças,
Marcelo Rebouças, Gustavo Sirimarco e Fabio Barroso. “A Venice toca muito indie rock. Certamente tocaremos alguns clássico do indie e mais algumas coisas autorais que a gente raramente toca”, antecipa Vinicus. “(O reencontro) tem sido maravilhoso. A gente tem tocado muito. Acho que o pessoal estava com saudades da gente. ”
Scarcéus: Rafael Motta
Basement Tracks: Rodrigo Baumgratz