A presença consoladora

“Eis que Jesus, o Cristo de Deus, é marco de temporalidade para a humanidade, mas sobretudo de eternidade, de consolo e de esperança aos corações aflitos”


Por Denise Pereira Rebello, Comunidade Espírita "A Casa do Caminho"

29/07/2022 às 07h00- Atualizada 29/07/2022 às 10h50

Quantas indagações os seres humanos, em seu dia a dia, formulam a respeito da vida e de sua finalidade? E sobre as dificuldades e os sofrimentos, o que dizer? São muitos os questionamentos das almas, transitoriamente, no Planeta Terra. Assim também as diversas escolas religiosas pretendem esclarecer tais questionamentos, ou deveriam, a fim de possibilitar a (re)ligação do homem com Deus. Ao longo da história terrena, templos se arruinaram, dogmas desapareceram, e revelações se ampliaram.

Eis que Jesus, o Cristo de Deus, é marco de temporalidade para a humanidade, mas sobretudo de eternidade, de consolo e de esperança aos corações aflitos. Disse o Mestre, conforme relato do evangelista João: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome. Quem crê em mim nunca mais terá sede”.

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Fazendo associação ao pão puro e simples, Jesus referiu-se ao alimento espiritual, que sustenta a alma, e à fonte viva, que dessedenta a sede de entendimento, de esperança, de vida, enfim. E o Mestre vem saciando a fome espiritual de quantos o buscam, suprindo de harmonia, bom ânimo e paz.

Nesse sentido, Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, afirma-nos que o Espiritismo Evangélico é abençoado celeiro desse pão, em cujo trabalho há mais certeza e esperança, mais entendimento e alegria. Porém para cada alma fica a parcela de participação nesse pão divino, através da busca de renovação e do engrandecimento pessoal, ou prosseguirá nas mesmas obscuridades e dificuldades de outrora, perpetuando sofrimentos. Dessa forma, há os que reconhecem os poderes divinos e desejam ouvir a palavra do Mestre e obter curas, porém caminham distantes de Jesus, negam esforço nos deveres diários, fogem às dificuldades, que regeneram e ensinam, e receiam abandonar as sombras.

Certo é que, conforme aponta Cairbar Schutel, o homem não pode transformar-se em elevado e sábio de um momento para o outro, assim como o processo de fermentação do pão requer tempo. À medida que se instrui, conhece e assimila as mensagens divinas, vai se esclarecendo e se transformando, assim como o fermento, aos poucos, leveda a massa. E Jesus nos convida ao aprimoramento pessoal, dia após dia, ao exercício da fraternidade, do amor e do perdão, na doação ao bem. Além de crer, é fundamental seguir os ensinamentos deixados pelo eterno Amigo; do contrário, estacionaremos na adoração improdutiva. É necessário o esforço para vencer nossos erros, comodismos, vícios e tantas outras mazelas, a fim de, gradativamente, trazer o Cristo no coração e nas atitudes, o que significará nos alimentar na fonte sublime da presença consoladora de Jesus.

Abracemos o roteiro do Cristo, lembrando, ainda, as palavras de orientação de d. Isabel Salomão de Campos: “Todos nós temos que nos encontrar com as Leis de Deus, vivenciá-las com amor, com respeito, com os próprios esforços”.

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