Ler é uma necessidade social

“Devemos todos nos esforçar para também fazer um bom trabalho, de qualidade, e também honesto (…)”


Por Gilsara Mattos, Autora de livros e roteiros para cinema. Palestrante e publicitária

28/07/2022 às 07h00

Deparo-me com o livro “O Poder do Pensamento Positivo”, de Norman Vincent Peale. Livros com esse conteúdo eram habituais nas gerações passadas, nas quais cresceram tantas pessoas emocionalmente fortes e que se tornavam heróis e heroínas dos desafios diários. Pessoas firmes na ética, no bom humor (não, sarcasmo) e na positividade no modo de ver as coisas.

Nos dias de hoje, conteúdos como esse foram taxados pejorativamente de “autoajuda” e então repelidos, construindo uma geração sem conteúdo, volátil, sem valores e sem força de trabalho, que idolatra “celebridades” e pessoas que prometem resolver tudo e lhes dar fácil conforto e riqueza, não importando serem estas honestas ou não. Então, entregam facilmente nas mãos dessas pessoas – e com isso dando total autonomia – o país onde habitam, pela simples comodidade de que elas façam o trabalho que deve ser feito por todos os cidadãos de um país.

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Quando o presidente é uma pessoa honesta, essa autonomia a ele dada lhe proporciona força de trabalho em prol de todos.

Mas, quando ele é desonesto, a autonomia é vista por ele como uma escritura, uma procuração de livres poderes, uma carta branca, e ele agirá como proprietário do território, comportando-se de acordo com a própria vontade, ignorando completamente o bem daqueles que o contrataram para administrar, e não possuir, o país.

Devemos todos nos esforçar para também fazer um bom trabalho, de qualidade, e também honesto, auxiliando os administradores públicos, nossos irmãos compatriotas, para que seja boa de morar, como desejamos, a nossa casa comum chamada país.

A internet, esse espetacular meio de comunicação, deveria ser usada para exercitar a inteligência, mas acabou sendo utilizada tão somente como opções ilimitadas de miniTVs. Isso treina a passividade ainda mais, impede o pensamento analítico e não desenvolve a personalidade nem a boa vontade de contribuir ativamente com o todo, como os livros fazem.

Leia bons livros, Brasil. Leia. Leia muito. O futuro agradece.

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