Polícia Civil identifica detento suspeito de ameaçar idosa e neto e exigir R$ 5 mil

Homem tentou extorquir a vítima, de 72 anos, após conhecê-la em uma rede social; Estado garante que trabalha para impedir a chegada de celulares aos custodiados


Por Sandra Zanella

21/07/2022 às 16h14

Um detento, de 46 anos, foi alvo de uma operação da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, desencadeada na quarta-feira (20) em Juiz de Fora. Segundo a Polícia Civil, o homem foi identificado como suspeito de cometer crime de extorsão contra uma idosa, 72, supostamente por meio de telefone celular. Ele teria feito ameaças, exigindo R$ 5 mil para não matar a vítima e o neto dela.

Ainda conforme a polícia, a mulher conheceu o investigado em uma rede social e, devido a ameaças anteriores, já havia efetuado o pagamento de R$ 5.300. Após a denúncia recente de crime, levantamentos da Especializada indicaram que o suspeito já estava preso. De acordo com a instituição, ele possui extensa ficha criminal e já teria sido condenado a mais de 60 anos de reclusão por 16 crimes contra o patrimônio.

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Durante a ação policial desta quarta, o acautelado foi encaminhado à 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha, onde teve o flagrante confirmado por extorsão. Em seguida, ele foi levado de volta ao sistema prisional. A Polícia Civil acrescentou que a Vara de Execuções Penais será oficiada, “visando a extinção de qualquer benefício, em virtude da prática de falta grave”.

Questionada sobre o possível uso de celular pelo detento em questão, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) garantiu que o Departamento Penitenciário (Depen) “trabalha diuturnamente para impedir que tais ilícitos, como celulares, cheguem até aos custodiados”.

Segundo a pasta, a Polícia Penal realiza operações rotineiras de revista para coibir a entrada e a permanência de ilícitos nas unidades prisionais administradas pelo Depen. “Além das operações internas, todos os itens enviados por Correios aos custodiados, bem como itens entregues por visitantes, também passam por inspeção rigorosa.”

A Sejusp destacou que a Penitenciária José Edson Cavalieri (Pjec) ainda conta com aparelho de bodyscan e detectores de metal, operando em conjunto com o Setor de Inteligência para identificar possíveis ações criminosas.

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Tópicos: polícia

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