Secretaria Estadual divulga novo caso suspeito de varíola dos macacos em JF

Hipótese anterior já havia sido descartada; PJF informou que exame já foi coletado e encaminhado para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte


Por Sandra Zanella

20/07/2022 às 16h34

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) divulgou, nesta quarta-feira (20), que há mais um caso suspeito de varíola dos macacos ou monkeypox, no município. A primeira hipótese da doença na cidade havia sido descartada em 30 de junho. Desta vez, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) disse apenas que todos os procedimentos necessários estão sendo seguidos. “O exame já foi coletado e encaminhado para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) em Belo Horizonte.” A PJF não forneceu detalhes do paciente, nem informou se a vítima está internada em alguma unidade hospitalar. “Como determina o protocolo, qualquer caso suspeito é passível de investigação e monitoramento”, destacou. 

Conforme os dados do estado atualizados até a tarde desta terça (19), em Minas há 32 casos de monkeypox confirmados por exames laboratoriais pela Funed. “Os pacientes estão estáveis e em isolamento.” De acordo com a SES, os atestados até o momento são todos do sexo masculino, com idades entre 22 e 46 anos, em boas condições clínicas. Apenas uma das vítimas está em internação hospitalar para isolamento. A maioria das confirmações está em Belo Horizonte, onde 27 pessoas tiveram resultado positivo, duas estão em Governador Valadares, outras duas em Sete Lagoas e uma em Mariana.

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“Em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados. Somente o município de Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária”, enfatizou a SES. Outros 42 casos foram descartados em Minas, 36 permanecem em investigação e um foi classificado como provável. A pasta acrescentou que demais dados não serão divulgados para preservar a privacidade e individualidade dos pacientes, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP).

Sintomas e prevenção

A varíola dos macacos ou monkeypox preocupa os especialistas pela variedade de formas de transmissão. No Brasil, a doença foi confirmada pela primeira vez há pouco mais de um mês, em 15 de junho. Causada por um vírus semelhante ao da varíola humana, a enfermidade tem como formas conhecidas de contágio a secreção respiratória e os fluídos corporais. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre, dor no corpo e surgimento de lesões na pele com pus. 

Infectologistas destacam que no Brasil as lesões têm surgido na área genital, o que pode dificultar a identificação da doença, por se confundir com infecções sexualmente transmissíveis. O ciclo da enfermidade dura entre 14 e 21 dias. Para evitar a transmissão, a vítima deve se isolar completamente e usar utensílios diferentes das demais pessoas. Ainda não há vacina específica, embora especialistas apontem até 80% de proteção pelo imunizante usado contra a varíola de humanos, que já havia sido erradicada.

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