Estado anuncia redução da alíquota do ICMS sobre gasolina de 31% para 18%

Limite de 18% do ICMS também passa a valer para energia elétrica e comunicação (telefonia e internet); medida ainda precisa ser publicada no Diário Oficial do Estado


Por Gabriel Silva

01/07/2022 às 08h02- Atualizada 01/07/2022 às 11h15

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou, em publicação nas redes sociais na madrugada desta sexta-feira (1º), a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre a gasolina de 31% para 18%. A mudança não afeta o diesel, pois em Minas a alíquota do ICMS sobre o combustível é de 14%, abaixo do teto.

As taxas cobradas sobre energia elétrica e serviços de telefonia e internet também serão reduzidas para 18%. No caso da energia, a alíquota em vigor atualmente é de 30% e, na comunicação, 27%.

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A medida ainda precisa ser oficializada por meio de publicação no Atos do Executivo estadual para que entre em vigor.

 

 

Economista estima quase R$ 1 de queda no preço das bombas

Em cálculo solicitado pela Tribuna, o economista e professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Wilson Rotatori estimou que o valor médio cobrado pelo litro da gasolina comum em Juiz de Fora pode ter queda de até R$ 0,99 após a efetivação da redução da alíquota do ICMS. O cálculo levou em conta o custo médio do combustível na cidade no último levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que era R$ 7,55.

O economista, por outro lado, lembra que a possível diminuição do valor é apenas uma aproximação e que depende, dentre outros fatores, de que os postos de combustíveis e as distribuidoras efetivamente reduzam os valores até a chegada no consumidor final.

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Nova alíquota atende a lei federal

A redução na alíquota do ICMS atende a lei federal que determina limite cobrado sobre a taxa sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Em Minas, a alíquota cobrada sobre o diesel é de 14%. O texto passa a considerar tais itens como essenciais e indispensáveis. Antes, eles eram considerados supérfluos, o que permitia maior flexibilidade no quanto cada estado cobrava.

A medida é uma aposta dos governos estadual e federal para conter o aumento do valor dos combustíveis nos postos. Na última semana, a Tribuna mostrou que houve alta no custo da gasolina nos postos de Juiz de Fora, que chegou a custar R$ 7,79 por litro. O aumento foi de R$ 0,15 em poucos dias, após reajuste no valor cobrado pela Petrobras nas refinarias brasileiras.

 

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