Mesa-tenista Alexandre Ank disputa etapa mundial com início nesta sexta

Atual primeiro colocado do ranking nacional, paratleta juiz-forano conseguiu, por meio de vaquinha, somente 26% da quantia que necessitava para competir na Argentina


Por Davi Sampaio, estagiário sob a supervisão do editor Bruno Kaehler

06/07/2022 às 17h01

O juiz-forano Alexandre Ank, paratleta líder do ranking brasileiro de tênis de mesa, vai disputar a Copa Tango, etapa sul-americana do Mundial, entre esta sexta-feira (8) e segunda (11), em Buenos Aires na Argentina. Para participar do campeonato, foram necessários recursos para cobrir despesas com treinamento, viagens, hospedagens, taxas de competições e outros custos. Neste sentido, o atleta buscou ajuda, por meio de uma vaquinha on-line, mas só conseguiu arrecadar R$ 2 mil dos R$ 7.700 que precisava. Porém, o mesa-tenista conseguiu o restante por meio de patrocinadores e doadores individuais e espera representar Juiz de Fora no campeonato.

Alexandre Ank sonha em disputar sua segunda Paralimpíada na carreira (Foto: Arquivo pessoal)

Em 2021, Alexandre se tornou bicampeão de duplas no estadual e também nas competições por clubes, e conseguiu a segunda colocação do ranking mundial.  Já neste ano, a etapa internacional que Ank vai participar irá contar para a pontuação no ranking e também à uma convocação ou seletiva para o próximo Parapan-Americano, o qual dá vaga direta ao campeão para os Jogos Paralímpicos de  Paris 2024, competição mais importante a todos os paratletas. Por isso, ele reforça a importância em arrecadar cerca de R$ 7.700, valor que inclui a variação da moeda de inscrição (dólar) e a taxa do aplicativo que está realizando a vaquinha, que continua em vigor. “Quero chegar nas quartas de final e tentar buscar alguma medalha. O nível é muito alto”, admite o mesa-tenista à Tribuna.

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Nesta busca por apoio financeiro, o atleta conta que vive um momento muito difícil, diferente do passado. “Quando tive apoio da Prefeitura, em 2007, consegui a vaga nas Paralímpiadas. Nos anos seguintes contei com patrocínio do meu clube, a AABB-JF, Suprema, Bolsa Atleta. Agora, tenho um novo, que é o Só Portão, e outros como a Fripai que sempre me ajudam. Essa luta constante devido à falta de apoio do setor público é um grande desafio. É mais desgastante do que o treinamento em si e ter que vencer meus adversários na mesa”, desabafa Alexandre Ank.

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