São Jorge é celebrado pelos fiéis em Juiz de Fora

Festejos acontecem na Igreja Católica Melquita, que realiza várias missas durante todo o sábado


Por Júlio Black

23/04/2022 às 14h23- Atualizada 23/04/2022 às 16h35

Centenas de fiéis estão comparecendo neste sábado (23) à Igreja Católica Melquita, localizada no Bairro Santa Helena, para as missas em celebração ao Dia de São Jorge, comemorado em 23 de abril. As celebrações começaram às 7h e vão até as 19h, quando será realizada a última missa do dia, com as presenças do bispo da Eparquia Melquita do Brasil, Dom George Khoury, e do arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira.

Já nas primeiras missas, a Igreja Melquita recebia um número expressivo de fiéis, que aproveitaram para agradecer as graças alcançadas. Uma dessas pessoas era a diarista Glaucia Rosa dos Santos, 50 anos. “Desde que vim ao mundo sou devota dele, eu amo demais São Jorge, e graças a Deus alcanço todas as graças que peço”, afirma, destacando uma em especial. “Minha casa própria. Eu chorei quando consegui, pois morava no trabalho e não aguentava mais aquela vida. Pedi e rezei muito, e ele me ajudou a ter meu cantinho. Por isso vim para agradecer por tudo e pedir muita saúde para mim e meu esposo, e muita paz em nosso lar.”

PUBLICIDADE

Com mais de 30 anos de devoção, o militar Rodrigo Avelino, 48 anos, acredita que alcançou inúmeras graças devido à intercessão de São Jorge. “Sou católico praticante e tenho muita devoção por ele. Todo ano estou aqui na festa e só tenho a agradecer as graças alcançadas, como na saúde, por toda a família passar bem pela pandemia.” Foi na saúde, aliás, que ele acredita que o santo guerreiro foi fundamental em um momento muito difícil. “Já passei por várias cirurgias e venci graças a Deus e a São Jorge. Hoje estou bem, consigo me locomover, só tenho a agradecer.”

LEIA MAIS

1-sao-jorge-site-by-barbara-landim2-sao-jorge-site-by-barbara-landim3-sao-jorge-site-by-barbara-landim
<
>
Foto: Bárbara Landim

São Jorge e a religião como fonte de força e inspiração

Outro que se diz devoto de São Jorge desde o nascimento, o administrador financeiro Cristiano Fani Magri, 41 anos, foi logo pela manhã à igreja com a esposa Raquel e o filho Benício, de apenas 8 meses de idade. “Ele que nos dá o caminho, e no momento que estamos passamos precisamos ter fé, acreditar. E São Jorge é o santo guerreiro, é vencedor de demandas, todos os anos eu venho para agradecer, porque não podemos deixar de ter gratidão”, afirma, acrescentando que sempre vem às celebrações para pedir proteção e que o santo abra seus caminhos.

“Este ano vim agradecer por ter passado pela Covid sem perder familiares e amigos próximos, além de poder dar continuidade à minha empresa, porque muita gente não conseguiu, encerrou as atividades, está inadimplente. E ainda estamos passando por um momento difícil, então é preciso ter fé que as coisas vão melhorar”, diz, sem esquecer do mais novo membro da família. “O Benício foi fruto da pandemia. Apesar das coisas ruins, ainda tem as coisas boas, e o Benício chegou pra trazer mais felicidade para a família.”

‘Pedra fundamental’
Dom George Khoury, bispo da Eparquia Melquita do Brasil, falou sobre a importância de as pessoas procurarem conforto, inspiração e força na religião em um momento de tantas dificuldades, como a pandemia e a situação econômica. “A fé é pedra fundamental em nossa vida, sem a fé não tem como andar. Então, mesmo com problemas econômicos, sociais – não somente no Brasil, mas no mundo inteiro -, a pessoa, se confiar em Deus… Deus vai realizar se procurarmos por Ele. O que está acontecendo hoje em dia, infelizmente, é que o povo e o mundo se afastaram de Deus, então precisamos dessa volta para que possamos beber da fonte, da tranquilidade e do amor, que a fé ajuda a se aproximar de Deus. Se Cristo venceu o mundo, também nós, com muita fé, temos como vencer qualquer problema, seja político ou econômico.”

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.