OKR ou KPI: afinal, como gerenciar a performance da empresa?

OKR e KPI são metodologias que auxiliam no acompanhamento dos resultados da empresa. Entenda as suas principais diferenças e como elas podem alavancar a performance do seu negócio.

Por Paula Tirapani

23/03/2022 às 10h47 - Atualizada 23/03/2022 às 10h47

Vicente Falconi, uma das maiores referências em gestão empresarial no Brasil, diz que “quem não mede, não gerencia”. O consultor defende a gestão baseada em dados e fatos, para que a tomada de decisão aconteça de forma científica. Para viabilizar esse modelo de gestão, os OKRs e KPIs tornam-se grandes aliados. Mas afinal, qual a diferença entre as duas metodologias e como optar por uma delas?

O que é OKR?

A metodologia foi criada na década de 70 pelo então presidente da Intel, Andy Grove.  Vinda do inglês, OKR é a sigla para Objective and Key Results, cuja tradução é Objetivos e Resultados-chave. O intuito da metodologia é elucidar, de forma simples e inspiracional, os objetivos organizacionais, a fim de alinhar internamente a estratégia da empresa.

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Um OKR é composto por um objetivo, que pode ser amplo e qualitativo e deve ser escrito de forma a motivar os colaboradores, e os seus resultados-chave, métricas que mostram se o objetivo foi cumprido ou não. Dessa maneira, a ferramenta aponta se obtivemos sucesso nos objetivos traçados.

O que é KPI?

Também do inglês, a sigla vem da expressão Key Performance Indicator que, em português, significa Indicador-chave de Performance. Assim como os OKRs, os KPIs também são indicadores avaliadores de performance, mas com o objetivo de controlar o processo.  

O KPI auxilia na análise de desempenho de processos internos, sejam eles projetos, ações focadas ou uma área. Eles são indicadores quantitativos e mensuráveis.

Para torná-los ainda mais palpáveis, é comum associar os KPIs à metodologia SMART, uma ferramenta que apresenta cinco definições importantes para os indicadores:

  • O indicador é específico?
  • Ele é mensurável?
  • O objetivo é alcançável?
  • Ele é relevante para a organização?
  • Qual o prazo para que ele seja alcançado?

Qual a diferença entre OKR e KPI?

Analisando superficialmente, as ferramentas podem ser confundidas, já que ambas ressaltam a importância dos objetivos organizacionais serem medidos através de indicadores. Porém, a diferença entre elas se dá na forma de aplicá-las. 

No OKR, os objetivos mostram onde a empresa quer chegar, enquanto os resultados-chave dizem quais são as etapas necessárias para chegar lá. De forma complementar, os KPIs mostram se essas etapas estão sendo realizadas. 

Por exemplo, tem-se o seguinte OKR:

     Objetivo: Ter um processo comercial cada vez mais eficiente

     KR 1: Aumentar o número de negócios fechados em 5%

     KR 2: Reduzir o tempo de negociação de contratos

Para complementar os resultados-chave, os KPIs diriam o caminho para alcançar esses resultados:

Dentro do KR 1: 

     KPI 1: Aumentar o alcance do site em 10%

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     KPI 2: Ter 100 novos leads qualificados por mês 

     KPI 3: Apresentar 15 propostas por mês

Como definir os indicadores da empresa?

Antes de determinar aonde deseja-se chegar, é preciso analisar o caminho percorrido até a situação atual. Levante indicadores primários, como faturamento, média de despesas, número de leads, desempenho digital. Tente desdobrar esses indicadores em métricas como ticket médio, margem de contribuição, fontes de clientes e custo por lead. Por fim, desdobre esses números em análises históricas, taxas de crescimento, analise quais estratégias adotadas levaram até esses números. 

Conhecendo o passado, tente pensar qual é o próximo degrau a ser conquistado. A partir dessa análise, os objetivos surgirão. Sabendo onde quer chegar, desenhe como chegar até lá.

 Como ter mais sucesso nos objetivos traçados

Algumas diretrizes podem alavancar o resultado dos indicadores:

  • Acompanhe frequentemente os resultados: no começo, é normal que algumas metas estejam descalibradas ou que um indicador seja mais difícil de mensurar do que se imaginava. Os primeiros ciclos devem ter um caráter educativo e, para aprender, é preciso acompanhar a evolução desses resultados.
  • Estabeleça metas de curto prazo: o indicado é que o OKR tenha ciclos de, no máximo, três meses. Dessa forma, é possível testar novas estratégias, identificar os seus resultados e adaptar a rota. O objetivo é identificar o erro rápido para que possa corrigi-lo rapidamente.
  • Siga a metodologia SMART. Ela traz tangibilidade para resultados, auxilia na definição de prazos e responsáveis, assim como na priorização das ações
  • Cuidado no número de OKRs: indica-se que cada chefia possua, no máximo, 3 objetivos, afim de facilitar o controle dos indicadores. Lembre-se que, quanto mais objetivos, mais tempo será necessário para compilá-los. 
  • Faça desdobramentos das metas: como falado anteriormente, o uso de OKRs e KPIs tem o objetivo de alinhar toda a equipe em direção à estratégia organizacional. Para isso, é importante que cada um saiba o papel que desempenha nessa engrenagem. 

Agora que a diferença entre as metodologias está mais clara, que tal dar mais um salto na gestão empresarial?

Grupo Larch

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