Juiz-forano Gabriel Sales Pimenta será homenageado por defesa dos Direitos Humanos

Homenagem da SEDH pelo projeto “Pilares da democracia” acontece nesta quarta (23), quando a OEA julga o Estado brasileiro por morosidade no julgamento do assassinato de Gabriel


Por Tribuna

19/03/2022 às 15h58

Nesta quarta-feira (23), pela manhã, o advogado juiz-forano Gabriel Sales Pimenta será homenageado pelo “Pilares da democracia”, projeto que faz parte da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH). O intuito é condecorar dez personalidades da cidade que se destacaram por lutar pelos Direitos Humanos. A data da homenagem foi escolhida pelo fato de que, no mesmo dia, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), julga o Estado brasileiro por uma possível responsabilidade na impunidade que se encontra o julgamento do assassinato do juiz-forano em 18 de julho de 1982.

Gabriel nasceu em Juiz de Fora em 1954. Depois de se formar na faculdade de Direito na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mudou-se para Marabá, no Pará, cidade onde foi assassinado. Em reportagem da Tribuna no último domingo (13), o irmão do advogado defensor dos direitos dos trabalhadores rurais, Rafael Pimenta disse que Gabriel já vinha sofrendo ameaças de morte há mais de um ano, e nada foi feito por sua proteção.

PUBLICIDADE
Juiz-forano Gabriel Sales Pimenta (Foto: Arquivo de família)

O assassinato

Há 40 anos, Gabriel foi morto por ter defendido o direito à terra a trabalhadores rurais. No entanto, outros homens, que supostamente estão envolvidos no assassinato do advogado, também reinvindicavam o pedaço do terreno, alegando que eram os proprietários por compra. Por causa disso, os grileiros, de acordo com Rafael, juraram Gabriel de morte. As famílias

O processo do julgamento foi iniciado logo após a morte de Gabriel. Quando o promotor denunciou o caso à justiça, o processo começou a ficar mais lento. Até hoje, a família do advogado busca por justiça.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.