JF perde quase 600 empregos no início de 2022
Setor com maior número de cortes foi o comércio, com 652 baixas; déficit foi maior este ano em comparação a janeiro de 2021
Juiz de Fora começou o ano de 2022 com 599 postos de trabalhos fechados. O dado consta no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgado nesta quinta-feira (10). Os números são relativos ao mês de janeiro, quando houve 4.299 admissões e 4.898 desligamentos na cidade. Em comparação a janeiro de 2021, o déficit foi maior, com 385 empregos formais a mais. Na época, o saldo entre admissões e desligamentos foi negativo em 214 oportunidades.
Os únicos setores que admitiram mais do que demitiram em janeiro foram os de construção e serviços, com, respectivamente, 17 e 62 empregos criados. Já o setor que mais extinguiu oportunidades foi o comércio, com 652 postos fechados. A indústria teve baixa de 23 empregos, e a agropecuária, três.
Na avaliação do presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), entidade que também representa parte do setor de serviços, Emerson Beloti, o cenário negativo na empregabilidade ainda é reflexo da recessão econômica ocasionada pela pandemia. “Mesmo com flexibilizações, a pandemia não acabou e ainda passamos por um período de recuperação econômica. Janeiro não foi um mês de muitas vendas, o que se repete inclusive atualmente, desta vez somado ainda a fatores externos.”
Exclusivamente no setor de comércio, Beloti afirma que a perda significativa de mais de 600 postos de trabalho pode ter influência nas demissões que geralmente ocorrem após os últimos meses do ano. “Para atender a demanda das comemorações de final de ano, muitos comerciantes reforçam suas equipes e, em janeiro, quando o movimento não é tão grande, há uma onda de demissões. Isso é muito comum no comércio sazonal”, justifica.