JF perde quase 600 empregos no início de 2022

Setor com maior número de cortes foi o comércio, com 652 baixas; déficit foi maior este ano em comparação a janeiro de 2021


Por Mariana Floriano, sob supervisão da editora Fabíola Costa

10/03/2022 às 18h14

Juiz de Fora começou o ano de 2022 com 599 postos de trabalhos fechados. O dado consta no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgado nesta quinta-feira (10). Os números são relativos ao mês de janeiro, quando houve 4.299 admissões e 4.898 desligamentos na cidade. Em comparação a janeiro de 2021, o déficit foi maior, com 385 empregos formais a mais. Na época, o saldo entre admissões e desligamentos foi negativo em 214 oportunidades.

Os únicos setores que admitiram mais do que demitiram em janeiro foram os de construção e serviços, com, respectivamente, 17 e 62 empregos criados. Já o setor que mais extinguiu oportunidades foi o comércio, com 652 postos fechados. A indústria teve baixa de 23 empregos, e a agropecuária, três.

PUBLICIDADE

Na avaliação do presidente do Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio-JF), entidade que também representa parte do setor de serviços, Emerson Beloti, o cenário negativo na empregabilidade ainda é reflexo da recessão econômica ocasionada pela pandemia. “Mesmo com flexibilizações, a pandemia não acabou e ainda passamos por um período de recuperação econômica. Janeiro não foi um mês de muitas vendas, o que se repete inclusive atualmente, desta vez somado ainda a fatores externos.”

Exclusivamente no setor de comércio, Beloti afirma que a perda significativa de mais de 600 postos de trabalho pode ter influência nas demissões que geralmente ocorrem após os últimos meses do ano. “Para atender a demanda das comemorações de final de ano, muitos comerciantes reforçam suas equipes e, em janeiro, quando o movimento não é tão grande, há uma onda de demissões. Isso é muito comum no comércio sazonal”, justifica.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.