Kalil define metas de candidatos e atua em torno da polarização com Zema

Por Paulo Cesar Magella

05/03/2022 às 12h00 - Atualizada 05/03/2022 às 14h04

O prefeito de Belo Horizonte, nome cotado para disputar o Governo de Minas, em entrevista à Tribuna e à Rádio Transamérica, na sexta-feira, disse que o processo está bem encaminhado, mas sinalizou que o martelo ainda não está batido. Aos 62 anos, deu mostras, porém, que não tem planos de ser mero coadjuvante na disputa estadual. Na entrevista, deu várias pistas do mote de campanha e de como vai tratar seu adversário direto, o governador Romeu Zema, que tentará a reeleição. Por mais de uma vez, Kalil destacou a palavra cuidado, pois, segundo ele, foi a marca de sua administração, que não ficou presa ao gabinete, indo às ruas para ver diretamente as demandas da população. É preciso ter cuidado, sobretudo, com os segmentos mais carentes. Seu plano de Governo será montado em cima do binômio estrutura e saúde. Na primeira parte, destacou a situação das estradas estaduais, muitas delas em condições precárias. Sobre a saúde mostrou-se bem informado sobre o hospital regional, que continua sendo um desafio para o Governo de Minas, que tem planos, através de recursos de repasses da Vale do Rio Doce, mas cujas obras ainda não foram implementadas.

Prefeito ensaia apoio a Lula e faz defesa do ex-presidente

Kalil revelou que já morou em Juiz de Fora, quando, na condição de empreiteiro, participou das obras de construção da planta da montadora Mercedes Benz. Ele destacou as qualidades da cidade e sinalizou a busca de apoio do Partido dos Trabalhadores, quando teceu vários elogios à prefeita Margarida Salomão, com quem divide a direção da Frente de Prefeitos de Minas Gerais. “A cidade está muito bem dirigida pela prefeita Margarida, pela qual nutro grande admiração”. Ele também destacou o mandato do ex-presidente Lula e fez comparações com o atual cenário econômico, lembrando que na gestão do petista a população, a quem cabe ao governante cuidar, teve acesso a bens de consumo não apenas na alimentação, mas também na possibilidade de viajar pelo mundo afora.

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Conversa está aberta para todos os presidenciáveis, menos Bolsonaro

Do jeito franco que tornou sua marca, disse que pretende conversar com os presidenciáveis, mas tirou especialmente o presidente Jair Bolsonaro de sua agenda, “pois quando precisei dele,não me atendeu. Criticou duramente também o ex-ministro Sérgio Moro e classificou Lula como o maior líder social do país.

Paulo Cesar Magella

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