Crianças são prioridade
Ampliar a vacinação é a forma mais eficaz para garantir a volta das crianças às aulas presenciais, como já ocorre na cidade desde segunda-feira
É preciso insistir com a vacinação das crianças para se criar um cordão de imunidade contra a Covid-19 em todas as faixas etárias. Em Juiz de Fora, até ontem, apenas 46,3% tinham ido aos postos para tomar o antídoto. Em tal faixa, a cobrança é feita sobre pais e responsáveis, que precisam ganhar conscientização do problema. A Ômicron e suas subvariantes são um dado real e não podem ser negligenciadas de forma alguma.
Como prova material, os números de mortos e internados voltou a crescer, envolvendo, em expressiva maioria, pessoas não vacinadas ou com as doses incompletas. Os índices são reveladores da importância de manter a discussão na pauta, tendo como público-alvo, especialmente, os que resistem à imunização.
A discussão sob liberdade de escolha tem validade real, mas a parte não pode comprometer o todo, e é aí que deve ser o foco da questão. Uma pessoa não imunizada é um risco para os demais, o que leva à implementação de medidas restritivas.
Com a volta às aulas, a imunização tornou-se peça fundamental para o retorno seguro de milhões de crianças pelo país afora. Os últimos dois anos foram críticos para o ensino, apontando, inclusive, para situações em que a redução do conhecimento foi acima de todas as previsões, principalmente nas comunidades mais carentes, que tiveram problemas técnicos e financeiros para garantir o acesso ao ensino remoto.
A conta chegou, e para recuperar o tempo perdido é fundamental garantir ambientes seguros para as crianças na rede de ensino, tendo a vacinação como ferramenta primária para tal operação.
Quando da febre amarela, os brasileiros acorreram em massa aos postos de vacinação, o que tornou a doença um mero momento a despeito de sua letalidade. Contra a Covid não é diferente. A contaminação que se acentuou a partir de 2020 só será vencida – como a febre amarela – quando a maioria da população estiver imune. Por enquanto, não há outro caminho.
Além do mais, não faz sentido rejeitar o imunizante quando todos os esforços para a sua aplicação estão sendo efetivados. A Secretaria de Saúde retomou postos de atendimento – como o Ginásio do Sport, por exemplo – para absorver essa nova demanda.