Por recomposição salarial, Sitraemg se reúne com Rosa Weber

Entre os diretores sindicais que participaram da reunião estava o coordenador do sindicato em JF, Alexandre Magnus


Por Renato Salles

20/01/2022 às 21h49- Atualizada 20/01/2022 às 21h50

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal em Minas Gerais (Sitraemg) se reuniram, na tarde desta quinta-feira (20), com a ministra Rosa Weber, presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF). O sindicato alega que servidores do Poder Judiciário Federal estão sem reajuste desde de janeiro de 2019 e acumulam perdas inflacionárias na casa de 19,99%. Entre os diretores do Sitraemg que participaram do encontro com Weber estava Alexandre Magnus, que é coordenador regional do sindicato em Juiz de Fora.

Segundo Magnus, o Sitraemg levou até a ministra Rosa Weber as principais pautas de reivindicações da categoria, que, no momento, engrossa o grupo de servidores públicos federais que pleiteiam por reajustes salariais e sinalizam com a possibilidade de uma greve geral a partir de março. “Colocamos para a ministra nossas principais pautas, que são a reposição salarial; a indenização de transporte aos oficiais de Justiça; o nível superior para o cargo de técnico judiciário; e a sobreposição de carreira”, afirmou Magnus à Tribuna.

PUBLICIDADE

“Iniciei minha fala com um quadro comparativo, informando os salários dos técnicos do Poder Judiciário da União, que é menos da metade do de um técnico do Legislativo, do Senado, da Câmara e do Tribunal de Contas da União. Trouxe esse informe para a ministra, no sentido dela verificar que existe uma defasagem dentro da política salarial do Judiciário em relação às outras carreiras”, afirma o coordenador regional do Sitraemg em Juiz de Fora.

Segundo Magnus, desde a última reestruturação salarial da categoria, possibilitada pela Lei 13.317, de 2016, os servidores federais do Poder Judiciário acumulam perdas em seu poder de compras. “Nossos salários estão congelados sem nada, sem reajuste de nenhum centavo desde janeiro de 2019. Com base nos índices oficiais adotados pelo Governo Federal, que é o IPCA, nós informamos à ministra que nós tivemos perda no nosso poder aquisitivo em torno de 19,99%”, afirma Magnus.

O sindicalista reforça que a categoria luta pela recomposição salarial de seus vencimentos. “Falamos de forma clara que não estamos buscando aumento e nem reajuste. Estamos buscando a recomposição dos nossos salários para que fique nos mesmos moldes do poder de compra que tínhamos em janeiro de 2019.” Para justificar a capacidade do Poder Judiciário em conceder a recomposição inflacionária, Magnus defendeu que não existe, no momento, nenhum impeditivo relacionado aos limites previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal e disse ainda que há uma sobra de R$ 2 bilhões no orçamento do Poder Judiciário que poderia ser utilizada para corrigir os vencimentos dos “mais de cem mil servidores”.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.