Outubro Rosa

Mês serve como referência para o enfrentamento ao câncer de mama, mas também para atrair pacientes que, por medo da pandemia, não buscaram tratamento


Por Tribuna

03/10/2021 às 07h00

Além do trágico saldo de mortes, que no Brasil se aproxima da casa dos 600 mil, a pandemia do coronavírus gerou consequências colaterais. Como a ocupação de leitos para Covid tornou-se prioridade pública, outras instâncias da saúde ficaram comprometidas, bastando ver a fila de cirurgias eletivas e de exames que saíram da linha de frente pela lógica de não haver meios de executá-los ante tamanha demanda. O número de pacientes também caiu por conta do medo de algum tipo de contaminação pelo vírus, aumentando o passivo de exames, especialmente mamografias.

O mês de outubro tem sido referência para divulgação de ações de enfrentamento ao câncer de mama, da mesma forma que novembro é o período de alerta para o câncer de próstata. Ambos, se não forem cuidados, têm resultados críticos para o paciente, o que reforça a importância de campanhas de esclarecimento, principalmente dos homens, cuja resistência aos exames é mais aguda.

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A medicina tem alertado que ambos, se tratados no seu devido tempo, são reversíveis, dando ao paciente uma vida normal, por isso não há sentido em ignorar tais recomendações quando elas têm a vida como único mote. Discutir o problema e disseminar a informação adequadamente são ações fundamentais para tal enfrentamento.

O incremento de tais campanhas se justifica não só pela população, mas também pelos resultados dentro do próprio sistema de saúde. A prevenção é importante até mesmo para a redução de custos, ao mesmo tempo em que, em abrindo vagas para outras demandas, é possível ampliar o atendimento à população afetada por outras doenças.

Na edição deste domingo, a Tribuna joga luzes nessa questão por considerá-la de suma importância para a coletividade. Com o incremento da vacinação, o país tem espaço para outras prioridades, fato de extrema relevância ante um período tão longo de pandemia.

É certo que esse ainda não é um dado encerrado, carecendo de vacinação completa da população, mas os próprios números permitem a reabertura de vários serviços e o retorno controlado à normalidade. Na semana que termina, a cidade acompanhou a volta às aulas, embora haja o direito de opção entre o presencial e o remoto. Mas foi um avanço, sobretudo por dar às famílias essa opção, algo que até então não era considerado.

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