Volta dos eventos

A cidade deve estar pronta para o retorno de uma atividade que tem implicação direta em mais de um segmento


Por Tribuna

16/09/2021 às 07h00

Um dos primeiros segmentos a ser afetado pelas medidas restritivas de combate à Covid, o setor de eventos teve ontem uma boa notícia. Em entrevista à Rádio Transamérica Juiz de Fora, a prefeita Margarida Salomão revelou que na semana que vem deve anunciar uma série de ações de flexibilização. Ela reconheceu a situação dos empresários e garantiu que não vai lhes faltar. De fato, precisam, pois nem todos os negócios sobreviveram a esse período, tendo baixado definitivamente suas portas.

Embora com certo atraso, pois o entorno de Juiz de Fora já está autorizando eventos há algum tempo, a decisão da prefeita é um avanço. Não é de hoje que o segmento espera uma decisão mais clara sobre a questão. Em meados do ano, foi lhes proposto uma série de testes para avaliação da logística. Os resultados foram positivos, mas pouco se falou das ações seguintes, a despeito de muitos empresários, já para esses testes, terem feito investimentos.

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O setor de eventos difere de outras áreas por conta do seu modelo de trabalho. Uma autorização do Poder Executivo não implica, necessariamente, a volta imediata, pois há todo um processo de mobilização, que leva, no mínimo, um mês para ser executado. Assim, se a prefeita colocar em prática a meta anunciada ontem, os eventos só devem ocorrer a partir da segunda quinzena de outubro.

Não se desconhece a importância de protocolos que regulam não apenas regras de acesso, mas também o número de participantes, mas não há mais razões para se esperar. A volta dos eventos não se trata de um processo que se encerra em si mesmo. Ela tem implicação direta em outros setores, como de bares, restaurantes, hotéis e salões de beleza, para ficar apenas nesses. Por isso, as perdas também foram coletivas.

Polo de uma região com quase 1,6 milhão de habitantes, Juiz de Fora tem papel significativo para o setor, o que leva a discussão também para outros fóruns. A própria Câmara deve ter papel assertivo nessa e em outras questões pela própria essência do mandato. Daí, colocar a discussão à mesa é um dado vital nesse momento.

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