Sonhando com G-4, Tupi recebe o líder Villa Nova na reta final do Módulo II

Encontro às 11h, no Estádio Municipal, pela penúltima rodada, também pode desempatar o histórico de jogos entre os clubes centenários


Por Bruno Kaehler

21/08/2021 às 18h18

Enquanto houver bambu, tem flecha. Esse é o lema carijó para as duas últimas partidas do Módulo II do Campeonato Mineiro. Isto porque a equipe comandada pelo técnico Rafael Novaes, que iniciou a 10ª e penúltima rodada da fase de classificação do Estadual na 7ª posição com 11 pontos, está a quatro de distância do G-4. E neste domingo (22), tem o líder Villa Nova pela frente, às 11h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

Pensando na vaga ao quadrangular final da competição, o Carijó precisa vencer suas duas partidas – na última rodada visita o Guarani, em Divinópolis – e torcer contra os adversários que estão melhores colocados neste momento e que ainda não atingiram os 17 pontos, número máximo que o Galo alcança com dois triunfos. Caso o Democrata-GV vença o Guarani nesta segunda-feira (23), o Carijó dá adeus à competição.

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A situação alvinegra, ao mesmo tempo que incomoda o torcedor e os profissionais, como o treinador Rafael, também reforça o nivelamento da competição, com todas as disputas em aberto, o que serve de motivação ao elenco do time juiz-forano.

“O campeonato é tão disputado que ainda podemos classificar, mesmo que com possibilidades remotas e não dependendo só da gente, e, ao mesmo tempo, ainda temos chance de descenso (antes dos jogos deste sábado ainda havia possibilidade de queda). Não podemos vacilar e vamos enfrentar uma equipe muito treinada e capacitada, tanto que é líder e está praticamente classificada. Tem um trabalho com um time de primeira divisão, em uma parceria feita com o Coimbra, que caiu, mas manteve a base, o treinador e comissão técnica”, relata o comandante do Tupi. “Mas confio no nosso elenco.

Teremos a volta do Renan Amorim, do (Matheus) Rezende, e na maioria dos jogos em Juiz de Fora, salvo o jogo contra o Serranense, a equipe se portou muito bem. Vamos enfrentar a melhor equipe da competição, mas temos que fazer diferente do que aconteceu na última partida (derrota de 3 a 1 para o Democrata-GV fora de casa) e que tem sido recorrente na competição, em que erramos muito”, completa o treinador juiz-forano.

Após dois jogos fora por problemas físicos, atacante Renan Amorim deve voltar ao time titular do Tupi (Foto: Guilherme Pannain/Assessoria P2)

Como Rafael Novaes antecipou, o Galo deve ter o retorno de seu principal atacante, Renan Amorim, além do meia Matheus Rezende, após cumprir suspensão. Segundo a diretoria da equipe, nenhum atleta testou positivo para Covid-19. Portanto, um provável time deve ser formado por Ésio; Adson, Douglas, Adalberto e Élder; Izaías, Albert Coquinho e Matheus Rezende; Esquerdinha, Yan e Renan Amorim.

Ataques positivos

Os números ofensivos de Tupi e Villa mostram as principais virtudes das equipes. Enquanto o Galo tem o quarto melhor ataque do Módulo II com 11 gols marcados em nove jogos, o Leão lidera a estatística com 13 tentos sobre as defesas rivais. A diferença maior está justamente no desempenho defensivo. Se os visitantes do duelo deste domingo levaram apenas cinco gols, o time alvinegro já teve a meta vazada em 13 oportunidades, números que só não são piores que os do Serranense, com 14 gols sofridos até o início da rodada.
Daí vem a principal preocupação de Rafael Novaes: as bolas paradas, jogadas que mais geraram tentos adversários.

“A gente cria bastante e ainda peca nas finalizações, mas erra muito defensivamente. Tínhamos minimizado, mas veio à tona na última partida. Se sonhamos com alguma coisa ainda, o erro tem que ser zero”, inicia o treinador. “Tomamos inúmeros gols de bola parada, o que pode demonstrar, para quem não está no dia a dia, que nem trabalhamos. Mas é o que mais treinamos. Precisamos melhorar essa atitude de atacar a bola, de atrapalhar o adversário. Já mudamos várias situações de marcação e vamos tentar errar o mínimo possível, sabendo que costumamos criar muito lá na frente, principalmente no Estádio Municipal.”

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Jogo do desempate

Há, ainda, o aspecto histórico do confronto, de partidas marcadas nas páginas centenárias de ambos. Conforme o acervo de Léo Lima, professor, pesquisador e ilustre torcedor carijó, Tupi e Villa Nova já se enfrentaram 89 vezes, com retrospecto também nivelado. Tanto o Galo quanto o Leão têm 27 vitórias, com 35 empates. Os juiz-foranos marcaram 101 gols, enquanto os nova-limenses balançaram as redes em 115 oportunidades. Desta forma, o jogo deste domingo poderá desempatar este equilibrado retrospecto.

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